01 junho 2010

Prêmio Dardos

Com o Prémio Dardos se reconhece o valor que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que em suma demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras, entre as suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web.
Obrigada Nelson e Paulinha pelo reconhecimento e fico feliz em saber que estou ajudando a muitos.Deixarei registrado ao lado eternamente rs.

28 maio 2010

Autismo no trabalho

Diego tem autismo e trabalha em uma loja de material esportivo

Como seria se um dia você chegasse para trabalhar e descobrisse que ganhou um colega com autismo? Aos poucos, o mercado de trabalho está reconhecendo que, mesmo com o transtorno, alguns podem realizar um bom trabalho.


Quando a assistente social do grupo SBS Adriana Amaral informa a algum gerente que ele vai receber um funcionário com deficiência que não seja física, ela costuma ouvir a pergunta: “Qual é a possibilidade de ele surtar no meio da loja?” A resposta não muda: “A mesma possibilidade da assistente social surtar no meio da loja”. O grupo para o qual Adriana trabalha é formado por 150 lojas, onde hoje estão empregadas 123 pessoas com os mais variados tipos de deficiência. Uma das lojas é a Centauro do Shopping Estação, onde conhecemos Diego Mendonza de Melo, 24 anos.

Todos os dias, ele segue de Pi­­ra­­quara de ônibus até Curitiba pa­­ra trabalhar, o que faz com um constante sorriso nos lábios. En­­quanto atravessa o shopping, cum­­primenta os funcionários que encontra e é chamado pelo nome. Figura simpática, ele conta que gosta de trabalhar e, contrariando os sintomas do autismo, também adora conversar. Quem encontra Diego pode perceber que ele tem um comportamento infantilizado para seu tamanho e idade, mas dificilmente alguém acerta o seu diagnóstico.

André Arroyo Ruiz, 30 anos, recentemente diagnosticado com autismo

Dentro do espectro autista, que se divide em graus mais ou menos severos, Diego estaria entre aqueles com menor comprometimento cognitivo. No entanto, a maior parte das pessoas com graus não tão severos de autismo nem ao menos conhecem o transtorno porque não foi diagnosticado. “É mais fácil fazer o diagnóstico em casos mais graves, naqueles em que a deficiência men­­tal e o comportamento bizarro estão presentes. No caso dos aspergers (os chamados de alto funcionamento, com inteligência normal ou acima da média) é bem difícil”, diz o psiquiatra Es­­tevão Vadasz, coordenador do Pro­­jeto Transtorno do Espectro Autista do Hospital de Clínicas, em São Paulo.

Para serem contratados pela Lei de Cotas, como é conhecida a lei que estabelece um número mínimo de pessoas com deficiências em grandes empresas, além de ter autismo, a pessoa precisa ter algum grau de deficiência intelectual, ou mental, assim como acontece com a Síndrome de Down.

27 maio 2010

Há 20 anos Imigração dos Estados Unidos tenta deportar mãe e filho autista

Wilson e sua mãe, Valquires, travam uma batalha
contra a imigração há quase 20 anos.


A brasileira Valquires luta há quase duas décadas contra uma ordem de deportação.

Há quase duas décadas que o Departamento de Imigração tenta deportar uma brasileira e o seu filho, que sofre de autismo. Wilson Geraldes, 52, Valquires, 49, e Wilson, 23, não sabem até quando permanecem nos Estados Unidos. Apesar do filho do casal ser portador de autismo severo, ele e a mãe correm o risco de serem deportados.

Conforme publicado no American-Statesman, o drama dos imigrantes começou há quase duas décadas, quando aconteceu a ameaça de deportação à mãe e filho. Segundo o advogado Simon Azar-Farr, isto nunca poderia ter acontecido por conta da condição de saúde de Wilson.


Portador de autismo, o rapaz tem dificuldades de aprendizado e fala com dificuldade. Por causa de necessidades básicas, nunca pode ficar sozinho.

O rapaz chegou com a mãe aos Estados Unidos há 23 anos, sem um visto no passaporte. Ao contrário de Geraldes, que já aguardava por eles no país. Os médicos recomendaram que Wilson não vá para o Brasil. Citando razões humanitárias, Azar-Farr pediu ao governo americano, em 2008, que não deportasse seus clientes, pois se tratava de um caso extraordinário.

No documento de 33 páginas encaminhado ao ICE (imigração), o advogado descreveu o que chamou de efeito devastador sobre a família brasileira, dizendo que Wilson estaria em perigo e não conseguiria sobreviver no Brasil, onde provavelmente não teria condições de suprir as necessidades médicas. Reforçando a necessidade de permanecer no país, Jeffrey Kerr, neurologista do rapaz, escreveu que uma simples mudança na rotina dele resultaria em agitação, colocando-o em alto risco de se ferir e até mesmo risco de morte.


O autismo afeta a capacidade de comunicação, de interação social e de uso da imaginação. O mal atinge 4 vezes mais crianças do sexo masculino. Os sintomas variam de acordo com a intensidade e vão de leve a grave. Alguns deles são pouco ou nenhum contato visual, insistência à repetição e dificuldade de relacionamento com outras crianças.


Longa espera

De acordo com Nina Pruneda, porta-voz do ICE, a imigração considera o status humanitário, como no caso de Wilson, quando não há interesse do governo ou do público em geral na remoção imediata do imigrante do país. Ainda segundo ela, são levados em consideração o impacto na família, assistência médica e disponibilidade de assistência médica no país de origem do imigrante.

Segundo a imigração americana, o chamado status humanitário mínimo permite a permanência no país por um período de tempo, geralmente de dois anos. Depois disso, o imigrante precisa fazer nova solicitação.


Em maio de 2008, Valquires e Wilson estavam sob ordem supervisionada e tinham que se apresentar à imigração de tempos em tempos. Em outubro do mesmo ano, ganharam o status humanitário por 6 meses. Azar-Farr, que busca todos os caminhos possíveis, acredita que mãe e filho possam se legalizar através de Geraldes, portador do green card desde o ano de 1990.


Enquanto não resolve a situação, a família brasileira lida diariamente com a possibilidade de ter que voltar para o Brasil. Segundo Valquires, por recomendação médica o filho precisaria ser sedado e ter atendimento médico a bordo do longo vôo. Segundo o advogado Thomas Esparza Jr., de Austin, a imigração forneceria este atendimento, caso Valquires e Wilson precisem deixar o país.
Da redação do ComunidadeNews.com

25 maio 2010

Poema de um aluno da APAE

ILUSÕES DO AMANHÃ

'Por que eu vivo procurando um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver, se não for para mim, que seja pra você.

Mas às vezes você parece me ignorar,
Sem nem ao menos me olhar,
Me machucando pra valer.

Atrás dos meus sonhos eu vou correr...
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.

Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.

Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.

Talvez eu seja um tolo, q
ue acredita num sonho.
Na procura de te esquecer, eu fiz brotar a flor.

Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.

E como príncipe sonhador...
Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.'



PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE)

Este poema foi escrito por um aluno da APAE,
chamado, pela sociedade, de excepcional...


Excepcional é a sua sensibilidade!
Ele tem 28 anos, com idade mental de 15
Eu peço que divulguem para prestigiá-lo.
Se uma pessoa assim acredita tanto, no amor
porque as que se dizem normais se fazem de indiferente?

HeadMouse

Para quem estiver interessando o programa HeadMouse pode ser baixado grátis neste link: http://www.baixaki.com.br/download/headmouse.htm

HeadMouse é um programa diferente e inovador, permitindo que os usuários mexam o mouse e usem seu desktop, fazendo apenas alguns movimentos com a cabeça. Parece estranho, mas isto realmente é possível. O programa trabalha em conjunto com qualquer webcam, que detecta estes movimentos e os transmitem para o mouse.
Esta aplicação foi desenvolvida pela Universidade de Lleida, na Espanha, com o intuito de auxiliar pessoas que apresentem comprometimentos motores. Criando-se um mouse virtual, estes usuários podem ter acesso a computadores, movendo os olhos, lábios e sobrancelhas, garantindo uma interação com as máquinas.

Calibrando sua expressão

Assim que você iniciar o programa, um processo de calibração é apresentado, ou seja, você vai visualizar uma janela com a captura de sua imagem. Isto é necessário para detectar o formato de seu rosto e suas expressões faciais, já que elas influenciam diretamente na utilização do programa.

http://www.baixaki.com.br/download/headmouse.htm

Depois de calibrado, a sua imagem pode ser verificada no canto inferior direito de sua tela. A partir do momento que um sinal verde, em forma de cruz, for apresentado sobre sua imagem, você já pode utilizar o mouse, fazendo movimentos delicados com sua cabeça, e levando o mouse para todos os lados da tela.

Configurando alguns movimentos

Enquanto estiver em execução, o ícone do programa fica presente na Barra de Sistema de seu PC. Clique sobre ele e escolha “Options”, para verificar e configurar algumas opções do programa. É possível definir a velocidade com que o mouse irá se mover, escolher uma opção para os cliques e arrastar os conteúdos selecionados pelo mouse.


HeadMouse ainda apresenta um manual (em inglês) completo e repleto de dicas para a utilização do programa. Esta ferramenta, após alguns ajustes, pode se tornar uma barreira a menos para as pessoas com dificuldades motoras utilizarem os mouses de computadores. Confira, faça os seus testes e dê um descanso ao mouse.

17 maio 2010

Autismo: ainda um enigma

Um menino autista escondido debaixo da mesa de jantar, no breve instante em que mostra seu rosto ao fotógrafo (flickr.com/foreversouls – CC BY-NC-ND 2.0).

Há mais de 70 anos, cientistas estudam aquela que é uma das mais enigmáticas desordens neurológicas: o autismo. Os mecanismos do distúrbio permanecem em grande parte desconhecidos, mas novos estudos indicam caminhos mais eficazes para tratá-lo.

Por: Isabela Fraga

Publicado em 17/05/2010

“Ele vive no seu próprio mundo.” A frase é bastante utilizada para descrever de forma leviana pessoas distraídas, que dão pouca atenção ao que acontece ao seu redor. As mesmas palavras, entretanto, ganham um significado muito mais enfático quando se referem a um portador de autismo – uma desordem neurológica manifestada por uma tríade de sintomas: déficit de interação social, dificuldade de linguagem e comportamento repetitivo.

O autismo não é uma disfunção única, mas sim um espectro de problemas, que variam de intensidade e tipo

A imagem clássica da pessoa autista – reproduzida em filmes, livros e seriados de televisão – é a de um indivíduo indiferente ao ambiente que o cerca, balançando para frente e para trás, sem olhar nos olhos de ninguém, conversar ou demonstrar interesse por qualquer assunto. Como todos os estereótipos, essa representação do autismo não pode ser encarada como verdade absoluta.

Afinal, o autismo não é uma disfunção única, mas sim um espectro de problemas, que variam de intensidade e tipo. Uma criança com um autismo leve como a síndrome de Asperger, por exemplo, pode conversar, frequentar escolas normais e ter uma vida independente quando envelhecer.

E é justamente por abarcar uma infinidade de comportamentos e sintomas secundários que médicos e cientistas preferem classificar o distúrbio, de maneira mais geral, como desordens do espectro autista (ASD, na sigla em inglês).

Como um dos principais sintomas do autismo é a dificuldade de interação social e de comunicação, torna-se um duplo desafio para pais, médicos, neurologistas, psicólogos e psiquiatras diagnosticar e tratar de crianças que apresentam esse comportamento.

Não receber resposta a perguntas simples como ‘o que há de errado?’ e não conseguir estabelecer conexão com o filho ou paciente são situações cotidianas para pessoas que lidam de perto com o autismo. “É uma charada difícil de ser desvendada, e por isso decepcionante e frustrante”, comenta o neuropediatra Leonardo deAzevedo, do Instituto Fernandes Figueira (IFF-Fiocruz), no Rio de Janeiro. DeAzevedo realiza estudos clínicos sobre o autismo, em especial sobre a relação entre o distúrbio e o sistema imunológico do seu portador. Além dele, outros pesquisadores e médicos do Laboratório de Neurobiologia e Neurofisiologia Clínica do setor de Neurologia do instituto têm as desordens do espectro autista como objeto de estudo, como é o caso do neurofisiologista Vladimir Lazarev e do neurologista Adailton Pontes, mais voltados para a neurofisiologia da desordem.

Diagnóstico: quanto antes, melhor

O documentário O nome dela é Sabine, dirigido pela atriz francesa Sandrine Bonnaire, apresenta bem alguns aspectos da vida de uma pessoa portadora de autismo. No filme, a diretora focaliza sua irmã, Sabine, portadora de um tipo de autismo que não é explicitado ao longo do documentário. Ela tem olhar vago, está acima do peso, não estabelece contato visual, repete a mesma pergunta várias vezes, não mantém uma conversa por muito tempo e tem surtos ocasionais de violência.

Sobre essa imagem triste da irmã, a diretora contrapõe trechos de filmes caseiros antigos, nos quais Sabine está completamente diferente. Mais magra, ela parece demonstrar mais domínio sobre seu corpo, conversa com a irmã com muito mais facilidade, dança e ri.

A diferença entre essas duas Sabines é enorme, e logo o espectador compreende: por falta de diagnóstico e tratamento adequados, Sabine acabou por ser internada num hospital psiquiátrico, onde permaneceu por cinco anos. O filme parece ser um mea culpa de Sandrine em relação à piora drástica da irmã.

Episódios como esse, no entanto, em que uma criança portadora de autismo é erroneamente diagnosticada e, por isso, não passa por tratamentos adequados, não são raros, mesmo hoje em dia. No Brasil, por exemplo, ainda há muitos casos de diagnóstico tardio. A dificuldade, por parte dos pais, de perceber os sintomas em seus filhos ainda bebês, juntamente com o desconhecimento em relação ao distúrbio, fazem com que a criança seja apontada como autista somente quando está mais velha.

Esse cenário está longe do ideal. É de consenso geral entre os cientistas: quanto antes for feito o diagnóstico do autismo, mais fácil e eficiente é o tratamento e, consequentemente, também a melhora. Para o médico Estevão Vadasz, coordenador do Projeto Autismo no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o ideal é que o diagnóstico seja feito quando a criança tem entre um ano e meio e dois anos. “O mais comum, no entanto, é a partir dos três anos de idade”, afirma.

Por apresentar diversos sintomas e níveis, o próprio diagnóstico para a desordem do espectro autista é bastante individualizado e subjetivo. Segundo Vadasz, a observação é a base para que se aponte se uma criança tem ou não autismo. “Observamos as três áreas mais afetadas pelas desordens autistas: a comunicação e a linguagem, a socialização; e os comportamentos repetitivos e interesses circunscritos”, explica o médico, acrescentando que não há um exame médico específico para o diagnóstico do autismo.

No Brasil, não há uma estimativa oficial do governo de casos de autismo na população e, para fins estatísticos, utilizam-se dados extrapolados de instituições estrangeiras, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC). Segundo um relatório de 2006 desse instituto, uma em cada 110 crianças é portadora de uma desordem do espectro autista. O número parece bastante alto, mas os critérios do instituto provavelmente englobam muitos níveis de autismo, inclusive os mais leves.

01 maio 2010

Estou extremamente feliz em ter recebido este prêmio, é uma honra participar deste grupo, o Movimento Orgulho Autista DF, e conhecer pessoas de um valor inestimável e muito importantes nesta luta. Agradeço a todos que votaram no meu blog como destaque e devo isso a vocês que juntamente me ajudam a fazer deste blog uma grande fonte de informação. Parabéns vencedores e merecedores deste prêmio!

1 - Livro Destaque:
Autismo e Família - Uma Pequena Grande História de Amor - Maria Stela de Figueiredo Avelar - EDUSC

2 - Diretor e Escola Destaque:
Escola Metamorfose - Niterói/RJ - Sandra Cerqueira

3 - Professor Destaque:
Eliana Rodrigues Araújo - Universidade Federal de Natal/RN

4 - Médico Destaque:
Salomão Shwartzmann, psiquiatra Universidade Mackenzie de São Paulo/SP

5 - Psicólogo Destaque:
João Cláudio Todorov - IESB - Brasília/DF

6 - Político Brasileiro Destaque:
Deputado Federal Luiz Couto (PT-PB) - Câmara dos Deputados

7 - Imprensa Rádio Destaque:
Luis Fernando Correia - Rádio CBN - comentários em 04set2008

8 - imprensa Televisão Destaque:
Liliane Cardoso - Bom Dia DF - TV Globo - Entrevista em 02abril2008

9 - Imprensa Escrita - Revista Destaque:
Reinaldo José Lopes - Revista Superinteressante edição 256 set2008 - Os maiores cérebros do mundo

10 - Imprensa Escrita - Jornal Destaque:
Cristina Fausta Soares - Jornal do Brasil - Famílias cobram ao GDF política para dar apoio aos autista.

11 - Imprensa Fotografia Destaque:
Sérgio Sanderson - Cascavel/PR - Foto de Emerson Fittipaldi apoiando o autismo no autódrómo de Brasília

12- Internet Destaque:
http://www.autismobemvindoaomeumundo.blogspot.com/

13 - Pessoa e Instituição Destaque
AUMA - São Paulo/SP

14 - Pessoa e Órgão Público ou Empresa Privada Destaque:
Clotildes Vasco - Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados

15 - Atitude Destaque:
Luis Fenelon - Brasília/DF - criação do Dia do Autismo no Orçamento

Grato.
Fernando Cotta
Presidente Prêmio Orgulho Autista.

IV Prêmio Orgulho Autista


O Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB) é uma Organização Não-Governamental, sem finalidades lucrativas que trabalha pela melhoria da qualidade de vida das pessoas Autistas e de suas famílias.
Para isso promove eventos, cursos, encontros, seminários, palestras, etc, em parceria com outras entidades, órgãos públicos e empresas privadas.
Desde 2005, o MOAB realiza o evento denominado Prêmio Orgulho Autista, que destaca pessoas, órgãos e entidades que verdadeiramente trabalharam significativamente pela melhoria da qualidade de vida deste segmento.
Desta forma, através dos membros do Conselho Nacional do Prêmio Orgulho Autista, são indicadas pessoas para serem agraciadas com a premiação referida. Estas indicações são defendidas e justificadas pelo integrante que fez a indicação, sendo votadas pelos membros posteriormente.

A entrega do IV Prêmio Orgulho Autista, foi realizada nos estúdios da Rádio Nacional de Brasília, em cerimônia transmitida ao vivo para todo o território nacional, das 10h às 11h50min, no dia 30abril2010, como parte das comemorações da 3ª edição oficial do Dia Mundial da Conscientização Sobre o Autismo, data consagrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para ser celebrada todos os anos em 02abril, e, que vem sendo comemorado em Brasília, em 2010, durante o decorrer de abril.

05 abril 2010

2 DE ABRIL- DIA MUNDIAL DA CONSCIÊNCIA DO AUTISMO

De todas as surpresas, todos os sustos, todos os becos sem saída que a vida pode nos apresentar, um dos mais impactantes é a perda de um filho. A vida segue em frente, na ordem natural das coisas. Mas, às vezes, o carro toma a frente dos bois e tomba, causando completa perplexidade.A morte de um filho é uma ideia assustadora. Vivemos com a certeza de que, depois de nossa partida, nossos filhos permanecerão para dar continuação a tudo o que deixamos pendente. A perda do filho rompe essa lógica, causando um tão profundo sentimento de vazio, de luto, que se perde a bússola, rasgam-se os mapas já traçados para o futuro.O nascimento de um filho com deficiência, para a maioria das famílias, traz o mesmo sentimento de perda.



Os pais planejam: "meu filho será jogador de futebol!" "Minha filha será advogada!" "Meu filho vai ser um Don Juan!" "Minha filha será médica!" "Meu almoço de Páscoa será cheio de netos!" Quando se sente que essas expectativas poderão deixar de ser atendidas, perde-se o rumo.Um filho autista, por sua vez, traz outro tipo de angústia. Crianças autistas não têm traços que demonstrem suas características tão especiais e costumam ter um desenvolvimento aparentemente comum na primeira infância. Em torno dos três anos de idade, percebe-se que têm limitações para se comunicar, para interagir com as demais pessoas, mostram movimentos repetitivos. Nossa cultura e o conhecimento que médicos e professores têm do autismo são limitados. Assim, o diagnóstico é dado, na maioria dos casos, como se fosse uma sentença: fala-se em "incapacitante para toda a vida"! A sensação é a de uma puxada de tapete: quando tudo parecia bem, o terremoto!Os pais, caindo no luto que sucede essa notícia, encontram-se desamparados, sentem como se tivessem perdido o filho.



Para piorar, a falta de conhecimento sobre autismo e os preconceitos são tão grandes que professores, mesmo de escolas especiais, evitam trabalhar com crianças autistas. Médicos e outros profissionais da Saúde se veem perplexos; poucos buscam novos conhecimentos, a maioria evita esses pacientes, ou repete velhos chavões.As dúvidas e medos dos pais são expressos em perguntas assustadas que, muitas vezes, não têm respostas adequadas:-"Meu filho vai ser independente? Vai ler? Vai usar o sanitário? Vai falar?"Raramente se encontra alguém habilitado a afastar essas preocupações. Pessoas autistas têm dificuldades de comunicação, mas aprendem a se comunicar. Têm dificuldades para entender as intenções das outra pessoas, mas gostam de conviver com elas e podem aprender esse convívio. E muitas têm habilidades fora do comum, que compensam suas dificuldades.



As pessoas autistas precisam de compreensão e dedicação. Seu processo de aprendizado é irregular, podem demorar anos para aprender a falar e dias para aprender a nadar. Muitas desenvolvem a leitura sozinhas, apenas observando os comerciais de televisão. A maioria tem o pensamento visual e memória prodigiosa; usar figuras para ensinar-lhes tem bons resultados.Ao contrário do que se imagina, pessoas autistas não são frias e sem sentimentos. Crianças autistas, em particular, são carinhosas; adultos autistas responderão ao mundo da forma como foram tratados ao longo da vida. Se toques e abraços lhes parecem sufocantes, podem, pacientemente, aprender a receber os carinhos de que precisam. Se a fala humana pode lhes parecer um conjunto de ruídos sem sentido, é preciso falar e mostrar-lhes figuras, para associarem os sons às imagens e, assim, aprender.Generalizações são sempre perigosas.



Cada ser humano é um indivíduo em particular. Há pessoas autistas com grandes habilidades em matemática e outras incapazes de somar um mais um. Há aquelas capazes de discorrer horas a fio sobre Mitologia Grega, dinossauros ou carros, e outras incapazes de falar uma palavra sequer; há aquelas capazes de escrever longos discursos, mesmo sem falar. Há pessoas autistas que vivem vidas normais, trabalham, constituem famílias e criam seus filhos.Importante é entender que seu lugar é conosco, com nossos mesmos direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, a salvo da negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Uma proteção que é dever da família, da sociedade e do Estado.



Assim, aproveitamos o Dia Mundial da Consciência do Autismo, decretado pela ONU há três anos, para lembrar a todos que as pessoas autistas, antes de mais nada, são pessoas. Que podem viver em sociedade, que têm esse direito. Que são nossos irmãos, dentro da grande família que é a Humanidade.



Argemiro Garcia
Pai de Gabriel, 16 anos
Salvador, Bahia, Brasil
Coordenador da AFAGA
Associação de Familiares e Amigos da Gente Autista
Secretário da ABRAÇA
Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo

Atividades por todo o Brasil

Brasília
Blitz do Autismo celebra em Brasília, 3ª Edição do Dia Internacional do Autismo

Data: 07abril2010

Hora: 10h

Local: Posto da Polícia Rodoviária Federal, BR-040, km zero (próx. Santa Maria-DF).

Obs: Entrega de Panfletos e explicações sobre o Autismo.

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Câmara dos Deputados celebra em Brasília, 3ª Edição do Dia Internacional do Autismo

Uma parceria entre a Organização Não-Governamental (ONG) Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB), a Associação dos Amigos dos Autistas (AMA-DF), CLIAMA, Coordenadoria para Inclusão da Pessoa com Deficiência do Distrito Federal (CORDE/DF) e a Subsecretaria de Cidadania (SEJUS/GDF), com o apoio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, realizará ato comemorativo alusivo ao Dia Internacional do Autismo, dia 02 de abril. A data, que há três anos foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), excepcionalmente, em 2010, por coincidir com a sexta-feira da paixão, será celebrada no dia 08 de abril, plenário 11, anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília.
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Rio de Janeiro
Palestras gratuitas dia 6 de Abril RJ
Em homenagem ao dia e mês de Conscientização Mundial do Autismo, haverá uma série de palestras no RJ, nesta 3ª feira próxima com entrada franca!!

Não deixe de comparecer!Informação é o que vc pode ter de melhor para lutar!

DIA 06 DE ABRIL DE 2010PALESTRAS CIENTÍFICAS

Local: Auditório da Defensoria Pública no Rio de JaneiroEnd.: Avenida Marechal Câmara, 314 – Centro – RJ ( a partir das 13:30hs )
Temas:
•Diagnóstico precoce – Doutoranda Mariana Garcia (pesquisa da Drª Carolina Lampreia)
•Neurotoxidade dos metais pesados no autista – Mariel Mendes – Biomédica
•Terapia comportamental – Sandra Cerqueira – Psicóloga
•Trabalho realizado pelo CEMA- Rio – Drª Eliana Silva
•Terapias da Mão Amiga - Mônica Accioly – Fonoaudióloga e Coordenadora técnica da Associação Mão Amiga-- Autismo: - Aceitação sim, CONFORMISMO não!!!!!!!!
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CONVITE

A APADEM (Associação de Pais e Amigos do Deficiente Mental/ com foco no Autismo) tem o prazer de convidá-los a para a:
PALESTRA: “Os Direitos das Pessoas Com Necessidades Especiais (Deficiência Mental) e o Papel do Ministério Público na Defesa das Pessoas Com Deficiência”
Dia: 14 de Abril de 2010
Às 19:00
Local: Cúria Diocesana – Rua 25 b – 44 Vila Santa Cecília Volta Redonda (RJ) Telefone : ( 24 ) 3340-2801

Palestrantes: Promotores de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

ENTRADA FRANCA

Realização: APADEM
Apoio: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
Informações: apademvr@gmail.com
Tel: 24- 3337 3683

ONU pede conscientização e inclusão


O Brasil não tem estatística sobre o autismo, mas nos Estados Unidos e Europa já se fala sobre a maior epidemia do mundo, saltando de um caso a cada 2.500 pessoas na década de 1990, para o número assustador atual de uma pessoa com autismo a cada 120. Estimou-se em 2007 que no Brasil, país com uma população de cerca de 190 milhões de pessoas naquele ano, havia cerca de 1 milhão de casos de autismo, segundo o Projeto Autismo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo. No mundo, há mais de 35 milhões de pessoas com autismo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem.A fim de alertar o planeta para essa tão séria questão, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou em 2008 o Dia Mundial da Conscientização do Autismo (World Autism Awareness Day), no dia 2 de abril de cada ano. Para 2010, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou a importância da inclusão social. “Lembremo-nos que cada um de nós pode assumir essa responsabilidade.
Vamos nos unir às pessoas com autismo e suas família para uma maior sensibilização e compreensão”, disse ele na mensagem deste ano, mencionando ainda a complexidade do autismo, que precisa de muita pesquisa. Vários monumentos e grandes construções ao redor do mundo se propuseram a iluminar-se de azul como manifestação em favor dessa conscientização no dia 2, como o prédio Empire State, em Nova York, nos Estados Unidos.No Brasil, é preciso alertar, sobretudo, as autoridades e governantes para a criação de políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do autismo, além de apoiar e subsidiar pesquisas na área. Somente o diagnóstico precoce, e consequentemente iniciar uma intervenção precoce, pode oferecer mais qualidade de vida às pessoas com autismo, para a seguir iniciarmos estatísticas na área para termos idéia da dimensão dessa realidade no Brasil. E mudá-la.
O autismo faz parte de um grupo de desordens do cérebro chamado de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) – também conhecido como Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais graves, mas há vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro a raros casos com diversas habilidades mentais, com a Síndrome de Asperger (um tipo leve de autismo) – atribuído inclusive a aos gênios Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Mozart e Einstein.A medicina e a ciência de um modo geral sabem muito pouco sobre o autismo, descrito pela primeira vez em 1943 e somente 1993 incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial da Saúde como um transtorno invasivo do desenvolvimento. Muitas pesquisas ao redor do mundo tentam descobrir causas, intervenções mais eficazes e a tão esperada cura.
Atualmente diversos tratamentos podem tornar a qualidade de vida da pessoa com autismo sensivelmente melhor.Para este ano haverá, entre outros eventos promovidos pela ONU, o lançamento do documentário "A Mother’s Courage: Talking Back to Autism” (Coragem de mãe: falando sobre o autismo, em tradução livre), narrado pela premiada atriz Kate Winslet (de Titanic). O filme fala sobre uma mãe islandesa que viaja para os Estados Unidos em busca de novas terapias para o filho que é autista.Além do dia 2, o mês de abril é considerado o mês da conscientização do autismo no mundo.

26 março 2010

Mãe e filho lançam hoje seus livros escritos com dor e esperança

Ele, portador da síndrome de Asperger, venceu os próprios medos, o preconceito de uma sociedade despreparada e mergulhou na literatura. Ela, poetisa de nascença, lutou desesperadamente por ele e retratou a vida com a delicadeza de quem renasce.

Aos 6 anos, Gabriel Marinho desenhava aviões. A professora chamou a mãe e lhe disse: “Seu filho só pensa nisso”. Aos 9, interessou-se por futebol. Inventava, criando desenhos, times, uniformes e campeonatos. Aos 10, ele sentiu medo. Ao ouvir um trovão, se escondia debaixo da cama. Uma tia psicóloga, irmã da mãe do menino, chamou-a e disse: “Esse medo não é normal. Procure um especialista”. A mãe não percebeu nada de errado. Aos 13 anos, uma tristeza sem razão invadiu a alma do adolescente. Isolou-se dos amigos e da família. A psicóloga da escola chamou a mãe. E lhe avisou, com compaixão: “Não é manha nem capricho do seu filho. Ele tá pedindo socorro”.

Começava a romaria dos pais a consultórios de psicólogos e psiquiatras. E, tempos depois, o laudo que mudaria para sempre a vida daquela família. Ele tinha síndrome de Asperger, um tipo de autismo menos comprometedor (leia Para saber mais). A poeta e servidora pública alagoana Isolda Marinho nunca tinha ouvido falar daquilo. Nem o pai, o contador carioca Geraldo de Souza.

Gabriel entrou numa depressão arrasadora. Escondeu-se do mundo que não o compreendia. Passou dois meses sem ir à escola. Na internet, ainda transtornada, Isolda procurava entender o que era a tal síndrome. Descobriu grupos de discussões virtuais, pais com os mesmos problemas. Entendeu que podia haver uma saída. O filho passou a fazer terapia e a tomar medicação específica. Isolda jurou a si mesma que o traria de volta ao mundo que era dele. Chorou noites insones. Embrenhou-se em pesquisas. Enfrentou a desinformação de alguns médicos e o preconceito de uma sociedade ainda despreparada para aceitar o que não é igual. Foi — é — uma longa caminhada.

Ele passou a ler, para se sentir vivo e parte de alguma coisa. E mergulhou no mundo de George Orwell, Truman Capote, Gabriel García Márquez, Isabel Allende e Machado de Assis. Espiou também a dor de Clarice Lispector. Aos 17 anos, o adolescente passou no vestibular para jornalismo no UniCeub. E escreveu, para justificar sua própria existência, no mundo que criara para si. Escrevia noites adentro. Trocou a noite pelo dia. Viajou em si mesmo. Deu vida real a personagens de ficção. Frequentou o Núcleo de Literatura do Espaço Cultural da Câmara dos Deputados, onde desenvolveu oficinas gratuitas de textos que o incentivaram a não parar.

Aos 19 anos, publicou o primeiro livro: O mundo depois do fim — misto de ficção científica e romance psicológico, em que aborda temas como amizade, moral e ética. A obra, com 188 páginas, foi aprovada pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura do GDF. Virou sucesso de crítica. Despertou até o interesse de um cineasta e de um agente literário de São Paulo. Como contrapartida ao apoio do FAC, depois do lançamento, o autor esteve, no ano passado, em várias escolas públicas falando da sua obra e de literatura.

Tristezas e belezas
Aos 20 anos, completados nesta sexta, Gabriel lança hoje seu segundo livro: Breve sonho de esperança, romance com 312 páginas, também aprovado pelo FAC. “É a história de uma guerra, entre dois países fictícios. Os personagens principais são um piloto de caça e sua companheira, que tem transtorno bipolar. Num outro extremo, vive uma estudante de jornalismo e sua mãe alcoólatra”, explica. E diz, com o olhar longe da sala da sua casa, na 207 Sul: “Dediquei esse livro a todo mundo que se sente incompreendido”.

Na orelha do livro, a escritora Cinthia Kriemler, que apresenta a obra, escreveu: “O romance exprime a familiaridade com a dor do outro... Gabriel fala de gente que dá certo, mesmo quando em volta é um caos. Há de todas as tristezas e belezas no texto deste escritor que nos brinda encontros e trocas... Nada está em excesso, nada força posições, tendências, credos ou vivências. Tudo flui. Como a vida. Gabriel é um homem perceptivo. Um escritor fervilhante, um perscrutador de almas”.

Na tarde de quarta-feira, com o livro que lança hoje em mãos, Gabriel disse ao Correio: “Escrevo porque gosto e preciso. É a única coisa que presto para fazer”. E disse mais: “É a melhor maneira, a mais direta, pra mostrar ao mundo que existo”. O terceiro e quarto livros estão prontinhos, à espera de publicação. Em Pecado e santidade, cuja ação se passa em Brasília, o escritor narra a vida de um homem que comete um assassinato, fica11 anos encarcerado e volta ao mundo.

E a quarta obra? O escritor prefere não adiantar mais detalhes, mas diz que fala da vida de uma musicista. A história, contada em primeira pessoa, mergulha na emoção feminina. Pergunto como ele consegue entender tal universo. “Eu vejo e escuto demais. Todo protagonista tem um pouco de mim e de todo mundo”, responde. Gabriel não para de criar e se reinventar. Deixou a faculdade de jornalismo no segundo semestre. Agora, estuda cinema no Iesb. Quer compreender melhor a sétima arte. Mas não pensa em abandonar a escrita. “Quero chegar ao ponto de me salvar com a literatura”, ele diz, com maturidade que impressiona para um garoto de 20 anos.

Casa de escritores
Hoje, além do livro de Gabriel, a mãe dele, Isolda, lança o seu Beijo de tangerina. “É quase um livro de bolso”, conta a poeta. A obra, cujo projeto foi aprovado pelo FAC, passeia pela delicadeza da mulher que fez da vida sua melhor poesia. “Comecei a escrever aos 14 anos, mas não mostrava pra ninguém”, conta ela, que completou ontem 49 anos e se deu de presente a própria obra, mais uma. Escreveu até se embriagar de palavras. Povoou cadernos, de punho próprio, com emoção e percepções muito particulares. Formou-se em letras na UnB.

Ensinou português e literatura para alunos da rede pública. Contou-lhes que a palavra sempre pode salvar. Em 1993, foi aprovada no concurso da Câmara Federal. Está lotada no Núcleo de Divulgação do Centro de Formação e Treinamento (Cefor). Em 2000, lançou seu primeiro livro: Sementes de amora. Em 2004, o segundo: Viço do verso. Todos esgotados.

Ao mesmo tempo que escrevia coisas como “são quietos os domingos dentro de mim. Tem ar de sopro morno, jeito de presença longe, cheiro de qualquer prazer. São dias de preguiça boba e moleza descuidada. Contém gritinhos contidos em diversos versos. Saliva de ontem de beijo disperso”, precisava entender a autossolidão que o filho se impunha. Era necessário mergulhar no mundo de dor e silêncio dele. Ele venceu. Ela venceu. Ambos venceram. A luta é constante.

Hoje, mãe e filho lançam juntos suas obras. Mais que isso. Lançam palavras transformadas em vidas. Gabriel escreve para se sentir vivo e se salvar. Isolda, para se encantar e se achar nela mesma. Ele inventa personagens, países e histórias. Inventa vidas de mentira iguais às vidas de verdade. Tem pouco e muito dele em cada obra. Comove com sua narrativa plausível. Ela brinca com as palavras. Seduz e emociona. “Procurei por toda parte, embaixo da cama, nas gavetas, na geladeira, na prateleira da estante... na mancha de batom da maquiagem desfeita, na dobra do papel inquisidor, no apartamento ao lado, nas entrelinhas do bilhete ao lado... procurei... não encontrei a mim mesma. Onde estava eu?”

Páginas da vida

 - (Zuleika de Souza/CB/D.A Press)
Os dois livros serão lançados hoje, às 20h, para um pequeno grupo de amigos. A partir de amanhã, quem quiser comprar um exemplar pode ligar ou mandar e-mail para Isolda: 8153-8707 (isoldamarinho61@gmail.com) ou Gabriel: 8111-7622 (gabriel2112@yahoo.com.br). Beijo de tangerina: R$ 20. Breve sonho de esperança: R$ 30.

Trechos

Beijo de tangerina
# Isolda Marinho

Retina descolada
De tanto ver o que não podia
minha retina ficou fina
De tanto observar que não devia
minha retina ficou fina
De tanto ouvir o que a intuição dizia
minha retina ficou fina
De tanto não viver o que era poesia
ficou fina minha retina
E de tanto ficar fina
foi saindo do meu olho
despedindo-se da sina
de sorver desse tal molho
fazer mil versos sem rima
letras tolas de menina
pingo suco tangerina


Breve sonho de esperança
# Gabriel Marinho

Os segundos transformaram-se em minutos; os minutos completaram uma hora e a sucessão de horas em claro expulsou-me da cama. Nada de sonhos, por enquanto. Debrucei-me na janela, passando a observar o azul-escuro do céu contornado por constelações e esperando que o olhar fixo naquela imagem me trouxesse o sono de volta. Roncos longínquos de escapamentos chamaram-me a atenção. Era sexta-feira. Vi uma intensa claridade proporcionada pelos faróis dos carros e tonéis transformados em fogueiras. Fui, mais uma vez, plateia cativa de um espetáculo nocivo. Presenciei cavalos-de-pau e corridas valendo dinheiro, até a aparição não programada da polícia, cortando a excitação da garotada, que fugiu desenfreadamente. Diverti-me com aquilo e o sono veio quando menos esperava, atingindo-me com a mesma intensidade de um tranquilizante para animais.

» Para saber mais sobre Autismo de alta funcionalidade

A síndrome de Asperger (SA), transtorno de Asperger ou desordem de Asperger é uma síndrome de espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. Alguns cientistas a classificam como “autismo de alta funcionalidade”. É mais comum no sexo masculino. Há indivíduos com Asperger que se tornaram professores universitários — como Vernon Smith, Prêmio Nobel de Economia em 2002. O termo “síndrome de Asperger” foi utilizado pela primeira vez por Lorna Wing, em 1981, num jornal médico, que pretendia, desta forma, homenagear Hans Asperger, psiquiatra e pediatra austríaco cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até a década de 1990.

A síndrome foi reconhecida pela primeira vez no Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais, na sua quarta edição, em 1994. Alguns sintomas são: atraso na fala, mas com desenvolvimento fluente da linguagem verbal antes do cinco anos; interesses restritos (a pessoa escolhe um assunto de interesse, que pode ser seu único desejo por muito tempo, e a atenção ao assunto escolhido existe em detrimento de assuntos sociais ou cotidianos); memorização de grandes sequências, como mapas de cidades ou cálculos matemáticos complexos; falta de autocensura (eles costumam falar tudo o que pensam); e sensibilidade exacerbada a determinados ruídos.

Grandes personalidades da história possuíam fortes traços da SA, como os físicos Isaac Newton e Albert Einstein, o compositor Mozart, os filósofos Sócrates e Wittgensteine e o pintor Michelangelo.

Reportagem do Correio Braziliense

Parabéns à querida amiga Isolda, mãe exemplar, dedicada, tive o prazer de conhecê-la pessoalmente e o seu filho Gabriel, que como o meu é asperger.Paz e muitas alegrias querida neste dia de emoções.Um carinho todo especial de nossa família para a sua.

Ana

DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO


Estão surgindo e repassando a campanha no resto do mundo para que todas as pessoas possam acender uma luz azul em suas casas.Outros prédios por todo o país e o resto do mundo estará acendendo luzes azuis.


Coisas que vc pode fazer para ajudar na conscientização do autismo:

1 - Usar o pin azul com o desenho de uma peça de quebra cabeça durante todo o mês de abril e qdo as pessoas perguntarem vc, vc pode falar sobre o autismo e o pq vc esta vestindo.

2- Mudar as fotos do orkut e perfil no twitter ou facebook com a peça azul do quebra ou com o logo da campanha light it up: Blue e repassar para 10 amigos.

3- Digitar todos os seus emails em AZUL e colocar o logo Light It Up Blue na assinatura durante todo o mês de Abril.

4- No dia 2 de Abril vestir uma peça de roupa azul, camiseta ou calça e pedir pra seus amigos, familiares ou colegas de trabalho pra vestir tbm e tirar fotos e repassá-las, pra gente aqui no grupo tbm !! Se possiível colocá-las nas galerias do Flickr,orkut,twitter,facebook.

5- Cozinhar um bolo com o desenho da peça de quebra-cabeça Azul, preferencia todo em azul e levar pra escola, pro trabalho e dividir com seus amigos explicando o pq.

6- Igrejas, Congregações, avisar aos responsáveis para que falem do dia em seus Cultos, Missas e Celebrações, etc.

18 março 2010

Desenho animado ajuda crianças autistas

O Centro de Pesquisa em Autismo da Universidade de Cambridge, Inglaterra, acaba de desenvolver um desenho animado voltado para crianças autistas entre 4 e 8 anos, com o objetivo de ajudá-las a identificar as expressões faciais humanas e os estados de emoção. O desenho chamado "The Transporters", narrado pelo ator Sthepen Fry, é dividido em episódios de 15 minutos e foca em emoções diferentes, como felicidade, tristeza e até inveja. Os protagonistas são trenzinhos animados.

"Crianças autistas adoram assistir filmes de carros e outros veículos cujo comportamento, definido por leis fixas, é previsível. Dessa forma, elas evitam olhar nos rostos das pessoas, cujas expressões imprevisíveis podem confundi-las. Tivemos a idéia de incorporar faces em veículos para ensiná-las a lidar com as emoções", disse o professor do Centro, Simon Baren-Cohen.

Depois de assistirem o DVD por quatro semanas, crianças com níveis altos de autismo foram capazes de compreender e descrever as emoções humanas tão bem como as outras. "Depois de um mês assistindo ao desenho, meu filho começou a não só perguntar às pessoas se elas estavam felizes, mas a chamar a minha atenção para pessoas que pareciam estar tristes, coisa que ele nunca fez antes", disse Carol Scibor, mãe de umas das crianças que fizeram parte dos testes.

Baren-Cohen atenta para o fato de que o desenho está longe de ser uma cura milagrosa para o autismo, mas garantiu que têm grandes benefícios educacionais. O DVD será distribuído de graça para 30.000 famílias no Reino Unido. O autismo afeta 1% da população, 80% dos quais são homens.


Veja mais no site http://www.transporters.tv/


A Coordenadoria para Inclusão da Pessoa com Deficiência do Distrito Federal - CORDE / DF,vinculada à Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Distrito Federal, atua no sentido de assegurar à pessoa com deficiência o pleno exercício de seus direitos e sua efetiva inclusão na vida social.Venho por meio desta, divulgar o evento que será realizado domingo dia 21/03/2010, no parque da cidade. Na oportunidade, vamos comemorar o Dia Internacional da Síndrome de Down, com uma caminhada na pista interna, junto à administração do parque, com a participação das entidades AMPARE, DF DOWN, Associação das Mães em Movimento, AMEM, Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, entre outras.

A caminhada tem como objetivo reivindicar melhorias no ambulatório já existente na Asa Norte, que atende pais e crianças com Síndrome de Down, gente mais capacitada nos serviços públicos, tais como saúde, educação, assistência social, segurança, etc.

Todo ano é realizado o evento no local, assim como no ano passado, em 2009, quando, o então Governador Arruda compareceu e recebeu um documento contendo as reivindicações do segmento.

Atenciosamente,


Fernando Cotta

Mais informações: 61 99098192 (Fernando Cotta)