02 maio 2009

Ilusões do amanhã

Poesia de um aluno da APAE
Esse poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado, pela sociedade, de excepcional.
Excepcional é a sua sensibilidade, confiram !!!
Ele tem 28 anos, com idade mental de 15.

Ilusões do Amanhã

'Por que eu vivo procurando um motivo de viver, Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver, se não for para mim que seja pra você.

Mas às vezes você parece me ignorar, sem nem ao menos me olhar, Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr.
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.

Se a vida dá presente pra cada um,o meu, cadê ?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.

Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.

Talvez eu seja um tolo, Que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer, Eu fiz brotar a flor.
Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador... Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.

PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE)

Nota: Peço que divulguem para prestigiá-lo.
Se uma pessoa que encontra as barreiras que ele encontra acredita tanto no amor,
por que a maioria das que se dizem 'normais' procuram, ao contrário, negar sua existência?

Como falar de sexo com filhos com deficiência ou autismo?

A limitação da pessoa com deficiência ou autismo não impede desejos. Educação sexual, amor, compreensão.

Anote as dicas da psicóloga Sandra Vieira

Discutir e encarar a sexualidade das pessoas com deficiência é discutir o preconceito e a falta de informação sobre as limitações de alguém. Fácil não é, afirmam os especialistas. Aliás, não poderia ser mesmo: se há dois assuntos que rendem muito, esses são sexualidade e deficiência. Juntos, já era de se esperar que provocariam muitas dúvidas e polêmicas. Antes de qualquer tipo de discussão, vale a regra: as pessoas com deficiência se diferem das que não possuem deficiência pelas limitações físicas, psíquicas, motoras. Somente. Não perdem a "humanidade" de qualquer jovem ou adulto.

Pessoas que andam de cadeira de rodas, que têm síndrome de down ou qualquer outra limitação, sentem desejos, vontades e constroem reações de afeto como qualquer outra. E apesar de claro, não é bem isso que a grande maioria da população pensa ou até mesmo os pais aceitam. "Pode ser que seja mais difícil sim. E não deixo de entender os pais que têm medo do que pode vir a acontecer. Mas não podemos privar ninguém do direito à sua sexualidade. Sempre há formas de se evitar desconfortos", comenta a psicóloga Sandra Vieira.
Para a psicóloga, o medo dos pais e o grande pudor que a sociedade ainda impõe sobre o assunto sexo faz com que eles, na grande maioria das vezes, tendam a encarar seus filhos como eternas crianças, imaginando que os estão protegendo da sua própria libido. "Isso é mais comum do que se possa imaginar.

Pais não querem deixar a criança crescer e nem encarar de frente algo que faz parte da sua humanidade. Há que se ter maturidade para lidar com a sexualidade, entender as diferenças disso nas pessoas com deficiência para programar uma educação sexual", completa.

Para a psicóloga, é possível entender que a família tenha uma certa desconfiança e que cuide muito para que o filho ou filha não sofra nenhum tipo de abuso, já que essa situação, infelizmente, também apresenta números significativos. Pessoas de promiscuidade muito forte ou mesmo pedófilos, tendem, segundo informações da especialista, a aproveitar da ingenuidade de pessoas com determinadas limitações, principalmente mentais, para fazer seu aliciamento. E nessa triste estatística, as mulheres lideram o ranking.

Sandra conta que conhece histórias de pais que já deram até remédios para acabar com a libido dos filhos, afirmando que eles, sem entendimento, se masturbavam em qualquer lugar. "Mas não é assim que se resolve, né? Sexo também é saúde, é vida, a gente precisa do orgasmo", enfatiza a psicóloga.

Educação Sexual
Conversar, orientar e construir na familiaridade uma relação de confiança é o principal segredo para ajudar quem possui alguma limitação a lidar com a sexualidade. Segundo Sandra, os pais têm total condição de estabelecer esse vínculo e, caso acreditem que a situação é um pouco mais complexa, devem procurar um profissional especializado.

"Inteligência não tem nada a ver com deficiência", frisa a psicóloga. A construção de uma "maturidade sexual" é, portanto, plenamente possível. "O problema é que os pais tendem a fingir que nada aconteceu. Que dá pra adiar. Quando chegam ao meu consultório, a situação já está naquele ponto - 'eu não sei mais o que fazer, doutora'".

É preciso que os pais levem as filhas ao ginecologista, segundo Sandra, já que essa é uma visita médica que não está só relacionada à prática do sexo. A orientação sexual começa também no exemplo que os pais dão com a preocupação com a saúde dos filhos e deles mesmos. Também vale a regra dos ensinamentos sobre o uso da camisinha e de anticoncepcionais.

"É importante desenvolver a idéia de limites", frisa Sandra. Para deficientes mentais, autistas, ou outros casos de deficiência, não há maldade nas conotações sexuais. "Se ele entende que quando tem vontade de tomar água, vai lá e toma, ele entende também, que se sentiu desejo, pode ir lá e se masturbar", completa a psicóloga.
Uma dica de Sandra é que os pais, em alguma situação constrangedora como a da masturbação, por exemplo, não brigue, nem xingue, nem, faça nada que possa deixar a pessoa traumatizada, ou sem entender a situação. Para ela, é preciso retirar o filho ou filha daquele lugar público, e o levar para um lugar privado.
"Só assim ele começa a entender onde é o lugar certo, e onde é o lugar errado. Que vai acontecer a masturbação, vai, porque acontece com pessoas com e sem deficiência. Resta só ensinar onde é adequado e onde não é", comenta Sandra.

Fonte: Acessa.com Fernanda Leonel

Sim, aparência importa!

Há mais de uma semana, pessoas em ambos os lados do Atlântico têm usado a história de Susan Boyle - a solteirona escocesa desleixada que chegou à fama cantando no programa de TV "Britain's Got Talent" - como um exemplo de quão superficiais nos tornamos.

Susan Boyle, comentando a rapidez com que a sociedade julga as aparências Antes de cantar, Boyle parecia uma mera voluntária de igreja desempregada e desmazelada de 47 anos que morava sozinha com seu gato, Pebbles, e que, segundo ela, nunca teria sido beijada (uma alegação que ela posteriormente retirou).Agora, após o vídeo de sua apresentação ter se tornado viral, uma enxurrada de comentários se concentra em como estereotipamos as pessoas em categorias, como caímos vítima de preconceitos de idade e aparência, e como temos que aprender, de uma vez por todas, a não julgar os livros pela capa.

Mas muitos cientistas sociais e outros que estudam a ciência dos estereótipos dizem que há motivos para avaliarmos rapidamente as pessoas com base em sua aparência. Julgamentos rápidos a respeito das pessoas são cruciais para o modo como funcionamos, eles dizem - mesmo quando esses julgamentos são muito errados.Eles até mesmo concordam com a própria Boyle, que disse após sua apresentação que apesar da sociedade ser rápida demais em julgar as pessoas pela aparência, "não há muito o que você possa fazer a respeito; é o modo como pensam; é o modo como são".Em um nível muito básico, julgar as pessoas pela aparência significa colocá-las rapidamente em categorias impessoais, assim como decidir se um animal é um cachorro ou um gato. "Estereótipos são vistos como um mecanismo necessário para entendimento da informação", disse David Amodio, um professor assistente de psicologia da Universidade de Nova York.

"Se olharmos para uma cadeira, nós podemos categorizá-la rapidamente, apesar de existirem muitos tipos diferentes de cadeiras."Eras atrás, esta capacidade era de uma importância de vida ou morte, e os seres humanos desenvolveram a capacidade de avaliar outras pessoas em segundos.Susan Fiske, uma professora de psicologia e neurociência de Princeton, disse que tradicionalmente, a maioria dos estereótipos se divide em duas dimensões amplas: se a pessoa parece ter intenção maligna ou benigna e se a pessoa parece perigosa. "Em tempos ancestrais, era importante permanecer distante de pessoas que pareciam furiosas e dominadoras", ela disse.As mulheres também são subdivididas em mulheres "tradicionalmente atraentes", que "não parecem dominadoras, têm traços de bebê", disse Fiske.

"Elas não são ameaçadoras."De fato, a atração é uma coisa que reforça o estereótipo e faz com que se cumpra. Pessoas atraentes têm "crédito de serem socialmente hábeis", disse Fiske, e talvez sejam, porque "se uma pessoa é bonita ou simpática, as outras pessoas riem das piadas dela e interagem com ela de uma forma que facilita a interação social"."Se uma pessoa não é atraente, é mais difícil conseguir todas estas coisas porque as outras pessoas não a procuram", ela disse.A idade também tem um papel na criação de estereótipos, com as pessoas mais velhas tradicionalmente vistas como "inofensivas e inúteis", disse Fiske.

Na verdade, ela disse, as pesquisas mostraram que os estereótipos raciais e étnicos são mais fáceis de mudar ao longo do tempo do que os estereótipos de gênero e idade, que são "particularmente aderentes".Um motivo para nosso cérebro persistir em usar estereótipos, dizem os especialistas, é por frequentemente nos dar informação precisa de modo geral, mesmo que nem todos os detalhes de encaixem. A aparência de Boyle, por exemplo, telegrafou precisamente grande parte de sua biografia, incluindo seu nível socioeconômico e falta de experiência mundana.

"Britain's Got Talent"
Seu comportamento no palco reforçou uma imagem de pessoa de fora. David Berreby, autor de "Us and Them", sobre o motivo das pessoas categorizarem umas às outras, disse que os telespectadores também podem tê-la julgado severamente porque, nas provocações com os juízes antes de cantar, ela parecia estar, desajeitadamente, tentando se encaixar."Ela tentou ser divertida, e quando lhe perguntaram a sua idade, ela fez aquela dancinha", como se ela presumisse que nesses programas "você supostamente precisa ser meio sensual e elegante, mas se deu mal", disse Berreby. "Nada provoca mais nosso desprezo do que alguém tentar ser aceitável e então fracassar."

Mais no site.

30 abril 2009

Defeito genético enfraquece músculos de crianças com autismo

Alteração dificulta ainda mais a socialização de jovens com o problema. Médico acredita que a causa está no centro de energia da célula.
Marília Juste Do G1, em Chicago

Um defeito nos genes pode fazer com que crianças com autismo tenham músculos mais fracos, que impedem que elas façam atividades físicas. O problema foi identificado por um neurologista e geneticista americano e apresentado na Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia (AAN), em Chicago, nos EUA. A equipe de John Shoffner, dono do instituto de pesquisas Medical Neurogenetics, de Atlanta, analisou 41 crianças autistas, com idades entre dois e 16 anos.

Nenhuma delas tinha qualquer doença muscular conhecida, mas todas apresentavam fraqueza nos músculos que sustentam o esqueleto. Shoffner acredita que isso ocorra por causa de um problema associado aos genes ligados ao autismo, que gera alterações na mitocôndria, o centro de produção de energia da célula. De acordo com o pesquisador, estudos anteriores mostraram que pelo menos 20% dos autistas apresentam doenças mitocondriais. No grupo que ele estudou, 65% das crianças (24 do total) tinham o problema, que levou à fraqueza muscular severa.

Impedimento físico Schoffner lembrou que embora a grande maioria dos autistas não tenha qualquer alteração mitocondrial, os poucos que têm o problema sofrem com sérias conseqüências. “É algo preocupante, porque a socialização de uma criança com autismo já é difícil o suficiente sem o impedimento físico”, afirmou. Para o pesquisador, entender melhor a relação entre os problemas na mitocôndria e o autismo é essencial por dois motivos.

Em primeiro lugar, para compreender melhor os mecanismos da doença. Em segundo, para verificar como os genes podem afetar a função mitocondrial. O americano pretende agora ampliar sua pesquisa para verificar a freqüência desses problemas musculares em um número maior de pacientes autistas. Segundo ele, é preciso também desenvolver maneiras de identificar os genes responsáveis pelas alterações mitocondriais e meios de melhorar o diagnóstico.

Clique no Título para ler a notícia.

Amor de Carrey é antídoto ideal

Jenny McCarthy relata em livro experiência com filho autista. O amor e bom humor de Jim Carrey têm sido o melhor antídoto para o diagnóstico de Evan, de 6 anos.

Nos quatro anos que já dura a relação amorosa com o colega de profissão Jim Carrey, a actriz Jenny McCarthy confessa sentir como se estivesse «na primeira fila da melhor peça teatral que se possa imaginar, todos os dias».
Esse tem sido, provavelmente, o melhor antídoto para as horas difíceis inerentes ao diagnóstico de autismo do seu filho Evan, de 6 anos.
Uma experiência que lhe permitiu assinar, em parceria com o dr. Jerry Kartzinel, a obra Healing and Preventing Austism: A Complete Guide - qualquer coisa como Curar e Prevenir o Autismo: Um Guia Completo. O título, acabado de editar nos EUA, une-se assim aos best-sellers Louder Than Words: A Mother's Journey in Healing Autism e Mother Warriors.

Em todos eles a actriz avança explicações sobre os denominados «tratamentos biomédicos», terapias possíveis de aplicar às crianças pelos próprios pais, tendo por vantagem o aconchego do lar. Pequenas mudanças no ambiente e no regime alimentar da criança poderão ser sinónimo de melhorias óbvias na relação com os outros e o mundo.

A dieta é, aliás, uma das preocupações de Jenny, de 36 anos, que, nos últimos 3, optou por um regime isento de glúten, mas rico em peixe, claras de ovo, fruta fresca e vegetais. Se somarmos a isso o ioga, o amor e o bom humor de Carrey está dada a receita para a sua força de viver.

Identificados genes que afetam risco de surgimento do autismo

Pesquisadores norte-americanos identificam variante genética envolvida no risco de manifestação da desordem em regiões do cérebro ligadas à linguagem e ao comportamento social.


Influências genéticas

Estudos que envolveram cientistas de 30 instituições de pesquisa nos Estados Unidos acabam de dar uma importante contribuição ao conhecimento sobre o autismo, desordem que afeta a capacidade de comunicação e de estabelecer relacionamentos, ao identificar fatores genéticos que afetam o risco de manifestação do problema.
Segundo as pesquisas, tais variantes genéticas são comuns em pessoas com autismo. Essa é a primeira vez em que se identificou uma relação direta entre o código genético humano e a desordem.


O principal estudo, que envolveu mais de 10 mil pessoas, incluindo portadores da desordem, familiares e outros voluntários, em diversos estados do país, foi coordenado por Hakon Hakonarson, professor da Universidade da Pensilvânia e diretor do Centro de Genômica Aplicada do Hospital Infantil da Filadélfia.



Conexões entre células cerebrais


Os resultados estão em artigo publicado nesta terça-feira (28/4) no site da revista Nature e destacam a importância de genes que estão envolvidos na formação e manutenção de conexões entre células cerebrais.
O estudo se baseou em polimorfismos de nucleotídeos únicos, responsáveis pela maior parte das variações genômicas na sequência do DNA. Entre as variantes genéticas identificadas, está uma que se mostrou altamente comum em crianças autistas.
Em seguida, ao analisar a atividade do gene - chamado de CDH10 - no cérebro em fetos, descobriram que ele tinha maior atividade justamente nas regiões ligadas à linguagem e aos relacionamentos sociais.

Risco de autismo

O trabalho indica que o CDH10 tem papel fundamental no desenvolvimento cerebral e pode contribuir para o risco de autismo. "Enquanto essa variante genética é comum na população em geral, descobrimos que ela ocorre cerca de 20% mais frequentemente em crianças com autismo. Uma mudança importante como essa no código genético é muito mais do que uma simples mutação. Trata-se de um fator de risco para a origem da doença", disse Daniel Geschwind, diretor do Centro para Tratamento e Pesquisa em Autismo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), um dos autores da pesquisa.



Continua no site: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=identificados-genes-que-afetam-risco-de-surgimento-do-autismo&id=4096

Retornando

De volta e repaginando...

Estando um pouco ausente deste blog devido a tão grande correria que é a vida, resolvi voltar e fazer o que mais gosto: postar notícias e novidades sobre autismo e asperger.

Espero que as visitas voltem e cada vez mais informações eu possa passar a todos.To pensando em mudar o layout, e dar uma cara nova aqui.


Aguardem ok?

Bjuss

Aninha.