19 dezembro 2009

Língua Gestual: Os desenhos do professor Francisco Goulão


Francisco Goulão, 58 anos, é professor de Educação Visual no Instituto António Cândido, no Porto. Trabalha diariamente com crianças surdas.

Com os seus alunos faz desenhos e cria histórias em que a língua gestual está em destaque. A autoria dos desenhos é dos alunos e de Francisco Goulão, que tem criado outros projectos semelhantes, sempre baseados na linguagem gestual, como «Descobrir Portugal», «Porto» ou «Branca e o Lobo Mau».

Francisco Goulão Surdo-mudo 58 anos
Professor de surdos há mais de 32 anos
Licenciado pela Universidade de Lisboa
actualmente, professor no Instituto António Cândido Porto

18 dezembro 2009

Senador comprometido com a causa da gente autista

Arthur Virgílio reafirma seu compromisso com a causa dos autistas

| Agência Senado | 15/12/2009 |

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse nesta terça-feira (15), durante a homenagem ao bicentenário de Louis Braille, que encampa "com muita fé a luta dos deficientes físicos por cidadania". Ele relatou a experiência que o levou a se aproximar da causa das famílias com filhos autistas, com a qual acabou firmando "um forte compromisso".

Arthur Virgílio disse que, antes de conhecer mais de perto os autistas e seus familiares, classificou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "autista", recebendo, na ocasião, um "puxão de orelhas merecido" da então senadora Heloísa Helena, do senador Flávio Arns (PSDB-PR) e da presidente da Associação dos Amigos dos Autistas do Amazonas (AMA), Thelma Viga, por usar o autismo em sentido pejorativo. Ele ainda recebeu dezenas de e-mails com reclamações, conforme informou.

O senador disse que, diante disso, aceitou o convite da presidente da AMA para conhecer a instituição e os autistas lá atendidos, tendo, a partir daí, entrado na vida deles, "que é uma vida absolutamente fascinante".

Arthur Virgílio disse que os autistas são absolutamente focados e aprendem sem estudar. Assim, aquele que sabe informática, sabe mais que todo mundo; o que sabe matemática faz cálculos mais rapidamente do que qualquer outro. O senador citou, especialmente, um menino da AMA que nunca errou um arremesso à cesta de basquete e outro que decidiu um play off nos Estados Unidos, fazendo uma cesta no último segundo da partida.

O parlamentar ressaltou a coragem daqueles que conseguem vencer as dificuldades e construir sua vida.

http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=98426&codAplicativo=2

Créditos: Crônica Autista

15 dezembro 2009

Beatriz Padovan: “Da curiosidade à vontade de ajudar”

Fonoaudióloga e criadora do método Padovan, Beatriz já viajou o mundo divulgando como ajudar pacientes com síndromes, paralisia cerebral e acidente vascular cerebral

Por Anna Ruth Dantas

Conhecida mundialmente por ter criado o Método Padovan, a fonoaudióloga Beatriz Padovan é uma referência no tratamento de crianças e adultos com síndromes, paralisia cerebral, vítimas de Acidente Vascular Cerebral. O modelo de tratamento que ela desenvolveu é focado na reconstrução” das fases do desenvolvimento, atuando na organização do sistema nervoso.

A eficácia desse método é comprovada pela proliferação dele no mundo todo. Desde 1979 Beatriz Padovan ministra cursos em países europeus ensinando o modelo de tratamento. A fonoaudióloga ressalta que o centro de todo trabalho não é a doença, mas o ser humano, o próprio paciente.

“Uma criança que tem um retardo no seu desenvolvimento você pode curá-la com o método. Ou uma pessoa que tenha tido um derrame cerebral, você pode levá-la a ter uma vida normal outra vez, depende da extensão, da lesão, depende do tempo”, destaca a criadora do método, que esteve em Natal para ministrar um curso a convite da fonoaudióloga Yara Caldas.

E, acreditem, todo esse trabalho de Beatriz Padovan surgiu por curiosidade. Ela trabalhava como professora em uma escola pública quando percebeu que cinco alunos não acompanhavam o aprendizado. Informada que se tratava de um caso de Dislexia, a então educadora foi em busca de descobrir como tratar a doença. Começava aí todo o processo de descoberta que viria, mais tarde, a originar o Método Padovan.

É com toda autoridade de quem desenvolveu o método, que Beatriz afirma: o Rio Grande do Norte é referência nesse trabalho para o Norte e Nordeste. Inclusive é no Estado potiguar que está instalado o Centro Nordestino Padovan.

Continua.
A entrevista segue no site, clique no link título

Especiais vencem o preconceito

Priscilla Castro - Repórter

“Eu voltei a sonhar”. A frase é do estudante José de Arimatéia, de 26 anos, portador de deficiência. O desabafo é consequência da realização de um sonho que ele já tinha abandonado e só acreditou ser real quando se viu dentro de uma sala de aula. Ele tem paralisia cerebral, mas, apesar de não ter coordenação sobre os braços e as pernas, tem total domínio sobre a fala e, principalmente, sobre os sonhos. Por isso, Arimatéia sabe que pode imaginar um futuro bem diferente do que foi seu passado.

Aluno da Escola Estadual Lia Campos, em Natal, José de Arimatéia conta que passou a se sentir igual às outras pessoas depois que entrou na escola. “Foi a partir de uma reportagem que eu vi no Fantástico sobre um deficiente que ganhou as Olimpíadas de Matemática, que eu pensei que também poderia ter essa chance. Se ele conseguiu, porque eu não poderia conseguir? E tudo mudou na minha vida, a dignidade, a auto-estima. O estudo e o trabalho dignificam o homem, não é?”, disse.

Outro estudante da Escola Lia Campos que merece destaque pela força e vontade de estudar é Arinaldo Ferreira, de 28 anos. E essa história é ainda mais emocionante porque até os 16 anos, Arinaldo correu e brincou na calçada de casa como os outros meninos. Depois de uma fratura mal tratada na perna, Arinaldo ficou com problemas na coluna e teve uma depressão pela morte do avô, o que resultou em uma doença chamada de espondilite anquilosante. Depois de 11 anos longe da escola, desejando voltar para uma sala de aula, ele teve a oportunidade de realizar o sonho e está concluindo o Ensino Médio.

“Em 2008, uma amiga minha foi até à Secretaria de Educação e contou a minha história porque eu tinha muita vontade de voltar a estudar. Aí uma equipe visitou minha casa, fizeram uma avaliação e conseguiram uma escola para mim. Eu sentia muita falta de estudar porque sem estudo não somos ninguém”, disse.

Porém, nem todos os momentos foram de sorrisos e Arinaldo conta que enfrentou preconceito. “Como eu fiquei muito tempo fora da escola, eu tinha dificuldade em acompanhar as aulas e sempre tinha um grupo que ficava rindo. Fora isso, eu noto muita indiferença das pessoas, mas eu sei que onde eu estiver, isso vai existir. Eu tenho que tirar isso de letra”, desabafou.

Mas Arinaldo também tem outras coisas a agradecer, entre elas, as novas amizades. A amiga Kátia Rejane é uma das que faz questão de acompanhar os estudos e incentivar Arinaldo a não desistir dos sonhos. “Quando ele me liga triste ou preocupado porque não vai poder vir à aula e pensa em largar tudo, eu converso com ele e o convenço a pensar direitinho”, disse se emocionando ao relembrar as dificuldades já enfrentadas pelo amigo.

E elas também agradecem a Arinaldo pelos ensinamentos e experiências. A colega de sala Rejane Inácio, de 50 anos, conta que nunca teve uma experiência do tipo. “Eu nunca tinha convivido com um deficiente e para mim, foi uma verdadeira lição de vida”. Andreia Guedes disse que se espelha no amigo nos momentos em que falta esperança. “Quando eu penso em desistir, me espelho em Arinaldo e penso que se ele, que tem tantos problemas, consegue, porque eu não conseguiria?”. Essa é, inclusive, uma das propostas da inclusão nas salas de aula: a troca mútua de benefícios.

No final da entrevista, Arinaldo fez um pedido especial à reportagem: que publicássemos uma mensagem de sua autoria, para que outros portadores de deficiência se espelhem. O texto é o exemplo de que os sonhos não devem morrer. “Quando o Sol chegar na sua vida, agradeça a Deus pelo novo amanhecer. E dê graças a Ele por tudo que ele fez por nós”, Arinaldo Ferreira.

Continua no link Título.

Associação de apoio aos autistas quer ajuda para desenvolver seus trabalhos

(foto: FERNANDO OLIVEIRA/APPACDM)

Paula Machado
Repórter

A Anda - Associação norte mineira de apoio aos autistas, formada por trinta famílias e profissionais especializados, com dois fonoaudiólogos, uma psicopedagoga e uma pedagoga, faz um mês de aniversário e oferece aulas de capacitação gratuita a professores ou interessados, a fim de orientá-los como lidar com o autismo.

De acordo com a presidente da associação, Márcia Sergy Avozani, muitas crianças que têm esse problema não estão nas escolas, devido à falta de informação sobre o assunto e a falta de preparo dos professores e escolas para receber esses alunos especiais.

- Muitas escolas aceitam essas crianças porque são obrigadas, devido à lei de inclusão. As escolas têm realizado muitos projetos para tratar das deficiências físicas, auditivas, visuais, mas não quanto à deficiência mental - afirma.

O ensino destinado aos autistas deve ser adaptado de acordo com a necessidade de cada um.

De acordo com ela, já foram realizados dois cursos na cidade para promover a capacitação de professores, para que possam saber lidar com a doença e garantir um aprendizado de qualidade para os alunos que sofrem de autismo.

- A príncípio estamos correndo atrás de capacitação para esses profissionais, estamos em uma sede provisória no bairro Todos os Santos, problema que por enquanto foi solucionado, pois não tínhamos lugar algum para realizar nossas reuniões, mas desenvolvemos nas escolas um acompanhamento escolar para as crianças com autismo - ressalta.

Segundo a presidente da associação, uma psicopedagoga, de Belo Horizonte, vem à cidade de Montes Claros, a cada dois meses e aplica nas escolas as atividades adaptadas para cada aluno, pois conforme Macia informa, não há um modelo padrão de ensino a seguir, cada autista tem suas dificuldades e necessidades que devem ser tratadas de maneira diferenciada.

- Esse trabalho de funcionamento já funciona na escola João e Maria, no bairro Esplanada, onde meu filho estuda, na escola Montessori Pedaçinho do Céu, onde estuda quatro crianças autistas que participam da associação, na Marista São José, onde tem duas crianças e no Imaculada Conceição, também com duas crianças. Percebo que essas escolas estão tentando proporcionar também a esses alunos um ensino melhor e de qualidade, pois participaram das capacitações – enfatiza.

Márcia afirma que ainda não há um levantamento preciso de quantas crianças autistas existem em Montes Claros, mas afirma que é um assunto que tem despertado muito interesse nas pessoas e servido de fonte de pesquisas para muitas faculdades.

Ela afirma que reuniões já haviam sido realizadas entre as famílias antes do surgimento da associação buscando soluções para este problema, desde novembro de 2008, e algumas famílias conforme a presidente diz se conheceram através da palestra da fonoaudióloga Vanessa que apresentou uma palestra no colégio Marista São José no ano passado.

- Sabemos de mais vinte famílias com crianças autistas e estamos tentando correr atrás para cadastra-las - revela.

O AUTISMO

O autismo é uma síndrome de transtorno evasivo de desenvolvimento que limita à criança nas questões sociais, na linguagem e no comportamento, e está presente desde o nascimento, se manifesta aos 18 meses de idade, período em que os pais começam a detectar que os filhos possuem algum tipo de problema.

- Ainda não se sabe a cauda e nem a origem da doença, desde 1911 é estudada, mas existem diversas teorias, como por exemplo, de que seria transmitida através da genética. Na associação sempre buscamos entrar em contato com especialistas e laboratórios, como o laboratório Son Rise, nos Estados Unidos – informa.

Como características presentes nos autistas ela cita as alterações de sono, quietude ou choro excessivo, aversão ao contato físico, ausência de imitação dos gestos dos pais, contato ocular ausente ou de forma atípica quando ainda são bebês.

- Ainda são observadas estereotipias, gestos estranhos e ecolalia, repetição do que se escuta risos e gargalhadas inoportunas, bem como choros e angústias inexplicáveis, dificuldade na fala e apego a rotinas e rituais – explica.

Mas a presidente ressalta que não são necessárias todas as características para se identificar o autismo, e que cada autista tem características que lhe são peculiares.

- É importante ressaltar que existem vários graus de autismo, onde as manifestações podem ocorrer de forma leve, moderada, grave ou severa, existem vários métodos de trabalhar com o autista, dentre os quais há o método ABA, o PECS e O teaacch - diz.

Pessoas que não conseguem reconhecer rostos: PROSOPAGNOSIA

Trata-se de um distúrbio neurológico que consiste na perturbação da capacidade de reconhecimento de rostos e outros tipos de perturbações de reconhecimento.


A pessoa com esse distúrbio tem dificuldade de reconhecimento de familiares ,amigos e até de si mesmas quando olha no espelho.As causas da prosopagnosia podem ser adquiridas, ou seja, por lesões de traumatismo cranioencefálico, AVC ou doenças degenerativas, ou pode ser por causa desenvolvimental, ou seja, de natureza genética.


A prosopagnosia ainda pode ter outras causas ou comorbidades que dificultam sua etiologia, relacionadas a déficits neurológicos e cognitivos.As crianças que possuem esse distúrbio acabam reconhecendo pessoas e objetos por meio de outros sinalizadores, como por exemplo, cheiro ou odor, tato, etc.


Pessoas com prosopagnosia têm dificuldades de reconhecer pessoas na multidão, porém é um distúrbio diferente do distúrbio autista, no qual o autista raramente procura contato visual.No distúrbio prosopagnosia, a dificuldade de reconhecimento leva a memorização de outros aspectos para identificação, como compensação da falta da imagem facial.

Reconhecer e identificar as imagens de rostos são atividades distintas no cérebro, o qual utiliza de regiões responsáveis distintas.Esse distúrbio atinge cerca de 2% da população, afetando tanto homens como mulheres. O fator hereditário é responsável por 50% dos casos.


O tratamento desse distúrbio ainda é limitado e consiste no auxílio ao paciente para descobrir e ganhar habilidades em novas formas de reconhecimento de rosto. O agravamento deste distúrbio pode deixar a pessoa incapacitada e provocar outros distúrbios comportamentais e psicológicos, como irritação, medo, afastamento, isolamento, dependência, etc.


Veja mais sobre prosopagnosia, dificuldades de reconhecimento de rostos e faces, distúrbios cognitivos, distúrbios comportamentais, autismo, acesse estas categorias no site ou clique nos links desta página.

14 dezembro 2009


Trem do futuro (montado pelo Matheus)
Matheus agora tem feito arte, são carros em papel para montar, esse trem deu um trabalho mas como é típico dele, ficou dias montando e não sossegou enquanto não viu ele pronto, pra quem ainda não conhece essa arte e para quem gostaria de conhecer deixo alguns links para visita.

São os chamados papercraft, paper toys etc são desde carros, bonecos, e muitas coisas que a garotada gosta e adultos também, até eu me diverti é uma terapia muito interessante,então seguem os links.

http://www.papercraft.com.br/
http://www.sr-fraude.com/
http://blogs.abril.com.br/papercraftgenial
http://tecnologia.uol.com.br/dicas/internet-redes/2009/11/20/ult6048u20.jhtm

Se colocar no Google você pode achar vários sites e vários downloads desses incríveis brinquedos.
Divirtam-se!

12 dezembro 2009

A deficiência é uma vergonha

Texto de Fábio Adiron fala sobre como a mídia lida com pessoas com deficiência em notícias

Fábio Adiron

As notícias geralmente repetem um discurso muito parecido: "apesar da deficiência ele conseguiu fazer isso ou aquilo". "fulana supera suas limitações", "fulano trabalha como se fosse um funcionário normal"... e por aí vamos.

Que esse discurso parta de pessoas que acham normais e se surpreendam com as conquistas de pessoas com deficiência me incomoda, mas é compreensível. Afinal de contas elas não estão acostumadas com o fato de que alguém considerado subnormal tenha capacidade para realizar uma série de coisas.

O que incomoda mesmo é esse discurso na boca das pessoas com deficiência ou dos seus parentes.Pessoas que se dizem convertidas ao credo da diversidade, que reclamam quando a diversidade não é respeitada, que xingam os leigos quando usam expressões como as que citei acima.

E são as mesmas pessoas que dariam a vida para não ser como são. Diversas.Para elas a diversidade tem valor, mas poderia ter valor nos outros ou nos filhos dos outros, não nelas ou nas suas casas.

Pessoas que entendem que a única solução aceitável para a deficiência com as quais convivem é a busca incessante da cura (se achassem mesmo que a diversidade tem valor, para que curar?)

Pessoas que só vêem valor quando as pessoas com deficiência desempenham atividades que as iguale à normalidade em que acreditam.Sim, são pessoas que acreditam que "deficiente bom é deficiente quase normal". Que se envergonham das suas deficiências.

Nunca vão lutar pela construção de um mundo que seja bom para todos. Acreditam que esse mundo já existe, e é o mundo dos normais.Alguém pode me retrucar dizendo: "mas não é bom ter uma deficiência". E eu questionaria o por quê. A deficiência não faz parte da natureza daquela pessoa?

Se o objetivo é mudar a natureza das pessoas, eu poderia declarar (com o mesmo conceito) que não é bom ser negro, não é bom ser baixo, não é bom ser careca, portanto preciso "curar" essas pessoas para que elas sejam felizes.Amanhã se comemora o dia internacional da pessoa com deficiência. Exatamente o que vamos comemorar? O reconhecimento da diversidade como valor, ou a conquista de normalidades?

Acompanhem o noticiário e depois me digam.

03 dezembro 2009

COMISSÕES / Direitos Humanos

Especialistas pedem mais investimento público no tratamento do autismo

Ao afirmarem que autismo tem cura, participantes de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) exigiram políticas públicas direcionadas ao problema e mais investimentos em pesquisa para diagnosticar a doença de forma precoce.

A coordenadora de política mental do Ministério da Saúde, Cristina Hoffman, afirmou que o assunto é uma das prioridades. Ela destacou que o transtorno deve ser tratado com atendimento integral e de forma multidisciplinar e individualizada. Também o acompanhamento da família, destacou, é importante para garantir o sucesso do tratamento e a recuperação da criança autista.

Também na avaliação da diretora presidente da Associação em Defesa do Autista (Adefa), Julceli Antunes, é necessário envolvimento de profissionais das áreas de saúde e educação - como médicos, nutricionistas e educadores -para tratar pessoas com autismo e os políticos tem papel de garantir recursos para os tratamentos.

A Biomédica e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense, Mariel Mendes, explicou que crianças sensíveis podem desenvolver o autismo em razão de alergia a açúcar e glúten ou pela intoxicação com algumas substâncias encontradas em alimentos industrializados. Essas crianças, enfatizou, não estão preparadas para receber tantas toxinas porque seu organismo não consegue eliminá-las. Ela defendeu investimento em pesquisa para detectar os agentes intoxicantes e assim poder fazer prevenção.

Nos Estados Unidos e na Europa, informou a psicóloga Sandra Cerqueira, os portadores de autismo têm sido recuperados com resultados rápidos e eficientes. Ela também enfatizou que é possível reverter uma situação de autismo, desde que o poder público considere o problema como "causa urgente" e faça os investimentos necessários. Ela disse que o tratamento envolve terapia comportamental, aliada à dieta alimentar e tratamento biomédico.

Berenice Piana de Piana, que representou as mães de autistas, informou que, atualmente, nos Estados Unidos, há uma criança autista para cada 90 nascimentos. No Brasil, ressaltou, não há estatísticas sobre o número de pessoas nessa condição.

- Os números apontam que algo grave está acontecendo. Que geração teremos? Uma geração de autistas. Sempre perguntam que planeta deixaremos para nossas crianças, mas pergunto que crianças deixaremos para o nosso planeta - ao afirmar que o número de portadores do transtorno está aumentando.

Incompetência

A diretora do Movimento Orgulho Autista do Brasil, Maria Lúcia Gonçalves, informou que há poucos de profissionais competentes para diagnosticar autismo precocemente. Como exemplo de tal carência, ela informou que, no Brasil, há três psiquiatras para cada 100 mil pessoas com menos de 20 anos e com transtornos severos.

O militar Ulisses da Costa Batista, pai de um menino autista, cobrou do Estado diagnóstico precoce para que os pediatras possam detectar o autismo precocemente e seja possível iniciar o tratamento ainda em bebês.

Iranice do Nascimento Pinto, representante da Associação de Pais e Amigos de Pessoas Autistas Mão Amiga, disse que, na maioria das vezes, as crianças autistas são cuidadas pelas mães. Em caso de morte da mãe, alertou, essas crianças sofrem por não saberem se comunicar com outras pessoas e por não haver, em âmbito público, profissionais especializados para cuidar delas.

- É uma sentença para os pais saber que o filho é autista e que não há tratamento na rede pública - disse o deputado estadual do Rio de Janeiro Audir Santana.

Projeto

As entidades vão apresentar projeto de lei à CDH com as reivindicações dessa parcela da população. O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que vai pedir ao presidente do colegiado, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a relatoria da matéria. Paim também prometeu levar a proposta à Câmara dos Deputados, Casa na qual tramita o Estatuto da Pessoa com Deficiência (PL 3638/00), de autoria de Paim, para que os deputados incluam as necessidades dos autistas no projeto.

O debate foi uma iniciativa do vice-presidente da comissão, senador Paulo Paim. A audiência, que emocionou os presentes, teve início com Saulo Pereira, autista de 25 anos, cantando Ave Maria, e foi encerrada com O Sole Mio e Quem Sabe? Pereira também toca piano e fala Inglês, alemão e italiano.

Participaram da audiência pública entidades dos estados de Alagoas, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Amazonas, Goiás e Santa Catarina.

Iara Farias Borges / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


06 novembro 2009

Artista autista precisou apenas de 20 min. de memorização para recriar Nova York com impressionante riqueza de detalhes

Muita gente já deve ter escutado falar de Stephen Wiltshire. Ele é um artista que tem um dom absolutamente incomum. O inglês consegue memorizar paisagens em poucos minutos e depois desenhá-las com extrema precisão. Ele está de volta, com um impressionante trabalho que mereceu destaque na imprensa internacional. De acordo com uma reportagem do britânico Daily Mail, ele simplesmente precisou de 20 minutos em um vôo panorâmico de helicóptero sobre Nova York para desenhar a mesma paisagem, em um quadro de 5,5 metros.
Se você comparar as imagens acima (clique para ampliar), perceberá que elas são incrivelmente complexas e idênticas, respeitando inclusive as proporções e detalhes. Destaque para o Empire States Building e o Chrysler Building, que podem ser vistos imponentes em meio a outros edifícios menores.

Diagnosticado com autista, o talentoso Stephen precisa apenas de seu iPod, algumas canetas e cerca de uma semana para terminar todo o processo artístico.

A reportagem cita que, em 2006, Stephen foi nomeado membro da Ordem do Império Britânico por seus serviços à arte. Ele abriu sua própria galeria no Royal Arcade, no mesmo ano.


Ah, para quem se interessou em saber o que o rapaz escuta durante os desenhos, dá para dizer que o repertório é vasto. Ele ouve desde blues, soul, funk, pop, Back Street Boys, All Saints e, acredite, New Kids on the Block.

30 outubro 2009

Como o autista se processa ao longo da vida?

O autismo não pode ser diagnosticado apenas a partir de um só sintoma, é necessário que estejam presentes simultaneamente os sintomas principais o que acontece, por vezes, antes dos 3 anos.
Ao longo da vida há uma evolução dos sintomas relacionada com as características dos diferentes níveis etários e com as características individuais. A pessoa com autismo é um indivíduo único e não deixa de passar por todas as etapas da vida como qualquer outro ser humano.
O bebê com autismo pode demonstrar: indiferença, falta de interesse pelas pessoas e pelo ambiente, medos estranhos. Não dá resposta ou dá respostas diferentes das dadas pelos outros bebés. Pode ter problemas de alimentação, ou de sucção; ter falta de interesse pela comida; rejeição ou preferência por certos alimentos. Pode ter problemas de sono e chorar muito ou nunca chorar.

Até aos 12 meses podem aparecer comportamentos repetitivos, restritivos ou estereotipados (bater palmas, rodar objectos, abanar a cabeça). A criança pode ter interesses obcessivos pela luz, por um brinquedo ou objecto. Pode tardar a andar.

Até aos 24 meses, manifesta-se a ausência ou dificuldade de comunicação verbal e gestual. A linguagem pode tardar ou não aparecer.

A criança pode não manifestar interesse pelas actividades de autonomia que começam geralmente nessa idade (querer comer sozinho e vestir-se sozinho); dá respostas inadequadas aos estímulos sensoriais: tem hipo ou hiper sensibilidade ao frio e ao calor, à luz, à dor ou a certas texturas. Há falta de correlação da causa efeito.
Depois dos 2 anos, a criança pode não brincar normalmente, não entrar em brincadeiras com pares ou com o grupo.

A esta altura, os problemas do domínio cognitivo, especialmente de linguagem, começam a estar presentes. A criança com autismo usa a ecolália frequentemente. Fala, utilizando padrões repetitivos e não usa o «sim» e o «não»; inverte os pronomes; escolhe palavras cujo som lhe agrada e repete-as fora do contexto. Não compreende os sentidos figurados.

O período dos 3 aos 6 anos é uma etapa muito difícil para a criança e para os pais pois a deficiência manifesta-se claramente. Podem aparecer comportamentos agressivos, birras sem causa aparente, medos excessivos ou irracionais de situações diárias.

Dos 6 anos à adolescência alguns dos sintomas mais perturbadores de comportamento tendem a diminuir. Mas o autismo permanece uma incapacidade para o resto da vida.

Com educação adequada, os sintomas podem não ser tão patentes e haver uma melhoria da qualidade de vida. Por outro lado, um ambiente inadequado ou falta de educação apropriada podem levar a uma regressão e/ou perda de capacidades previamente adquiridas e ainda a deteoriação de comportamentos como a auto-mutilação, gritos, destruição...

Fiocruz desenvolve exame inédito, e mais confiável, para autismo

O Brasil está desenvolvendo um exame laboratorial inédito para o diagnóstico do autismo, uma alteração caracterizada por isolar seu portador do mundo ao redor. O método promete ser uma alternativa mais confiável aos testes de laboratório hoje usados para identificar a doença. "Ainda estamos em fase de estudos, mas os resultados são promissores", diz o pesquisador responsável, Vladmir Lazarev, do Instituto Fernandes Figueira, centro de pesquisas ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. "Testamos o método em 16 autistas jovens e obtivemos dados homogêneos, muito significativos estatisticamente. Agora, queremos fazer novos testes. A previsão é de que o exame esteja pronto em até cinco anos."

De acordo com Lazarev, cientista russo radicado no Brasil há 15 anos, a vantagem do novo método está no uso da foto-estimulação rítmica. O recurso torna o exame mais completo que outros. Em linguagem comum: durante o já usual eletroencefalograma, projeta-se sobre o paciente uma luz que pisca de forma ritmada, estimulando os neurônios do cérebro a acompanhar no mesmo ritmo. Como o autismo é uma doença do cérebro, a reação deste ao estímulo luminoso pode indicar se ele apresenta alterações que podem se relacionadas à doença.

Os 16 autistas examinados durante a pesquisa, por exemplo, apresentaram deficiência no lado direito do cérebro. Nesta parte, que é responsável pelas habilidades sócioafetivas da pessoa - confira aqui quadro sobre o cérebro -, a atividade elétrica cerebral dos pacientes seguia o ritmo da luz, mas de maneira mais atenuada. "Com isso, podemos concluir que há uma deficiência funcional no hemisfério cerebral direito do autista", explica Lazarev.

Exames como a eletroencefalografia, se empregados com o paciente em estado de repouso, não detectam alteração na atividade elétrica do cérebro. Os resultados, portanto, nem sempre são satisfatórios quando não são empregados métodos de estimulação...

Entenda melhor a doença - Segundo Adailton Pontes, parceiro de Lazarev na pesquisa, o autismo é considerado hoje não apenas uma doença, mas uma série de distúrbios de desenvolvimento capazes de comprometer a interação social, a comunicação social e as habilidades imaginativas. "O autismo não é uma coisa única, há várias formas de autismos que variam no grau de comprometimento das funções - mais leve, moderado, mais grave e com níveis diferentes de inteligência", diz o pesquisador.

A base da doença é genética. O papel do ambiente - das influências externas recebidas pelo autista - ainda é desconhecido. "O que se sabe é que a pessoa nasce com predisposição para o autismo e, já a partir dos dois anos pode apresentar os primeiros sinais da doença, como a ausência de linguagem e a dificuldade de brincar", conta Pontes. "O ideal é diagnosticar a doença até os três anos. Está provado que, quando se faz a intervenção precoce, o prognóstico é melhor. Eles não vão se curar, mas vão se desenvolver mais, vão superar algumas dificuldades que os outros podem não superar porque não foram estimulados."

O autismo não tem cura, mas o portador da doença pode tomar remédios contra sintomas específicos, como a agressividade.

18 outubro 2009

Autistas ganham centro de tratamento na rede pública do Rio

Serviço pioneiro oferece atendimento com profissionais de várias áreas.
Mães de autistas relatam experiências e elogiam projeto.

Nives acredita que atualmente há mais acesso à informação e mais estudos sobre a síndrome, o que facilita a vida dos pais: "Só quando o Diego tinha 17 anos que eu fui saber que era autismo. O austismo é um ponto de interrogação. De 2005 para cá, o numero de pesquisa vem aumentando", disse. "Tomara que esse centro seja um exemplo pra outros municípios no Brasil", completou ela, se referindo ao Cema-Rio.

Neive conta que o filho aos dois anos começou a demonstrar dificuldade de fala, de socialização e muita resitência a dor: "Isso é porque eles não consgeuem se expressar", explica.


Diego passou por cinco escolas regulares. "Chegava na escolinha e uma criança falava 'mãe, olha meu colega maluco'", conta Neive. Cansada, ela decidiu matricular o filho em uma escola especial e hoje ele faz oficinas de teatro.

"Até hoje quem faz a barba do Diego sou eu ou meu marido", diz ela. "Abri mão de muita coisa para vestir a camisa. Fico orgulhosa de ter me voltado para ele. A parte pedagoga não foi possível, infelizmente. Mas ele vive me surpreendendo", elogia a mãe.

Autismo pode ser tratado com dieta

A bióloga Eloah Antunes começou a pesquisar sobre o assunto quando o seu filho, Luan, hoje com sete anos, apresentou os sintomas da síndrome. Graças aos estudos feitos nos Estados Unidos, decobriu que o tratamento poderia ser feito por meio da alimentação. A avó de Luan, a psicopedagoga Juceli Antunes, abraçou a causa e hoje é presidente da Associação em Defesa do Autista (Adefa).

“O autismo não está no cérebro, ele é uma enfermidade multifatorial, que atinge o sistema gástrico. A ingestão de proteínas de glúten encontradas no trigo, na cevada, na aveia, e também de caseína, que é a proteína do leite, afeta a função do cérebro normal. O tratamento consiste na dieta, na terapia comportamental e na reposição de nutrientes”, explicou Juceli.

Para a médica da SMDP, essa linha não funciona para todas as crianças autistas: "Cada criança necessita de um tipo de tratamento. Mas entendemos que muitos vão se beneficiar da dieta. O importante é ter um numero grande de opções. Não existe um tratamento modelo".

A avó de Luan conta que hoje o neto obedece a ordens e se sociabiliza com outras crianças: “Foi uma tarefa difícil, porque ninguém achava o problema. Ele não falava, ficava sem dormir, gritava dia e noite, batia a cabeça na parede, se jogava no chão. Minha nora não dormiu durante 3 anos”, revelou Juceli.

Para ela, o tratamento à base da dieta sem açúcar, glúten e leite é a principal causa da melhora das crianças assistidas pela Adefa e pela escola.

“Não há uma regra geral. Ainda existe algum autista que pode comer um desses três vilões da alimentação. O estudo do autismo não vai chegar as um resultado final nunca”, disse Juceli, que também serviu como fonte de informação para a equipe do Cema-Rio.

Autista apresenta projeto para construção de um monumento


Município pode ganhar monumentos ‘Raio Vívido’ – obra do artista Flávio Vargas tem 18m de altura e mais de 5 toneladas

Um autista de 33 anos de idade está chamando a atenção das autoridades de Imbé. Apenas com a 4ª série do ensino fundamental, Flávio Mendes Vargas projetou, calculou e construiu sozinho um monumento de 18 metros de altura e com mais de 5 toneladas.
O monumento denominado “Raio Vívido” - numa homenagem ao hino nacional - foi apresentado na semana passada para o prefeito Darcy Luciano Dias, o presidente da Câmara de Vereadores José Paulo Firme da Rosa, vereadores e técnicos da Secretaria de Planejamento Urbano da Prefeitura. O objetivo do autista-artista é buscar apoio do Legislativo e do Executivo para a execução do projeto, que tem a forma de um caniço, representando a prática da pesca na ponte que liga Imbé e Tramandaí. Durante mais de um ano Flávio vem adquirindo o material com recursos próprios e depositando em sua casa, no Balneário de Mariluz.

Tudo que ele aprendeu sobre física e mecânica quântica foi através de leituras em livros em casa – explicou orgulhosa a mãe Morena Rita Vargas. O projeto de Flávio prevê a fixação de duas colunas de concreto (de 2,5 toneladas cada e 18m20cm de altura) para sustentação de um pêndulo de 15 kg, o qual faria o movimento de içar e baixar um caniço gigante através de uma força magnética vertical. O local escolhido pelo autista para a construção do monumento é a avenida Rio Grande, próximo a ponte Giuseppe Garibaldi.

O prefeito Darcy ficou entusiasmado com a criação de um monumento para o município e principalmente pelo fato de o idealizador ser uma pessoa especial. Ele prometeu analisar as condições da construção e execução do projeto com a equipe de arquitetos e engenheiros da prefeitura. “O projeto muito interessante e apropriado para o nosso município. Mas, melhor ainda é saber que temos em nossa terra um autista que é um verdadeiro artista. É impressionante ver que, mesmo com suas limitações, teve a capacidade de desenvolver todo esse projeto sem ter o estudo apropriado”, destacou.

21 julho 2009



Não espere uma ação definitiva
Tudo no mundo muda,
A cada instante, alguém mente,
Alguém fala a verdade.

Não existe meia vida, nem meia morte.
A vida precisa ser inteira...
A parte maior da existência...
A morte, portal para outra lucidez...

Eu te doei o meu melhor e o meu pior.
Perdoa se a outra parte,
Ficou para se completar...
Mas venha dançar,

Há tanto frio no mundo
Há tanto por fazer,
Mas deixa para amanhã
Venha cantar, eu sei que você adora,

Muito prazer, essa é a nossa história,
Tu passas e tudo em ti reflete mistério...
Eu pouco sabia da vida quando te concebi,
Tudo se resumia em sonhos tolos de poeta,
Mas que poema auspicioso, eu posso te oferecer?
Aquele sorriso de sol, aquele chorar de chuva,

Muito prazer eu sou sua mãe,
E o meu amor é condicionado ao meu coração,
Jamais cumpri minhas promessas,
Mas creia sou aquela moça da foto,
Meio luz, meio sombra, meio viva.

Não vá embora, nem lute para se encaixar á nada,
Seja assim, esse rapaz puro e diferente
Alias nada é igual nada, ninguém a ninguém...
Seja você esse ser que adormece,

e acorda, esperando pelos rostos amigos,
Faz tempo que não te escrevo,
Às vezes você me cansa,
As pessoas me cansam
A vida me cansa,
A morte do velho em nós, me cansa,
O novo em nós que cobra, me cansa.

Nenhuma palavra é interpretada na sua essência
Tudo é superficial demais, por hora, fiquemos assim,
Você aí, na sua solidão de anjo,
Eu aqui, esperando que me vejas,
Do outro lado da ponte...

Não precisa correr, nem se refugiar,
Sua caverna escura, agora tem luz...
Não acredite em todos, nem em mim...
É longa nossa história, páginas e paginas
Para serem desvendadas...
E creia você não é uma página em branco,
É as melhores linhas ainda serão escritas
Creia se não for aqui, será nas estrelas
Você merece...

Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista.

20 julho 2009

Inclusão



Formas criativas para estimular a mente de alunos com deficiência

O professor deve entender as dificuldades dos estudantes com limitações de raciocínio e desenvolver formas criativas para auxiliá-los.

A Nova Escola deste mês está ótima, abordando um tema tão discutido, será mais uma oportunidade para conhecer um pouco das dificuldades e vitórias de alunos como Matheus, que surpreende a cada dia.Adquira seu exemplar, eu sempre compro a minha e não vai ser diferente agora.

Bjuss a todos.

Aninha, mãe do Matheus.

25 junho 2009

Palestras e eventos Divulgação


Repasso....

Palestra - Terapia Ocupacional - Como seu filho e você podem ser beneficiados.
Palestrante: Denise Caroline de Moura Franco- T.O.
Data 25/06/2009. as 14hs
Local: Escola EstadualIolanda Martins Silva.
R. Manaus,364 - Santa Efigênia. ( Dúvidas favor entrar em contato,na APABB 25152901 ou 25152912)

AMA
No dia 29 de junho, a AMA – Associação de Amigos do Autista promoverá a quinta palestra de 2009 do programa "Meu filho tem autismo". A palestrante Carolina Ramos falará sobre como podemos proporcionar condições para que pessoas com autismo satisfaçam suas necessidades básicas, como higiene, alimentação e cuidados pessoais, com a maior independência possível.

As palestras são ministradas mensalmente na AMA, Unidade da Rua Luís Gama, 890 - das 18:30h às 20:30h.

O evento tem como objetivo informar e esclarecer as dúvidas sobre o autismo e a Síndrome de Asperger que muitos pais têm. Em palestras temáticas, eles terão tempo para fazer perguntas, criar debates e se encontrar com outros pais de crianças, adolescentes e adultos com autismo.

A entrada é gratuita, basta trazer 1kg de alimento não-perecível. Não será fornecido certificado.

Congresso Biomédico em SP
Olá pessoal,

Esta semana estarei enviando para o Luiz Dias a lista do grupo de participantes para o congresso em setembro em SP.
Somos cerca de 50 pessoas e temos 20% de desconto.
O pagamento deverá ser efetuado em julho.
Quem quiser participar, ainda dá tempo.
Enviem-me uma mensagem em particular autismoemfoco@gmail.com , não tenho acessado alguns grupos.

Quem quiser saber a programação é só visitr o site www.autismoinfantil.com.br
Autismo: - Aceitação sim, CONFORMISMO não!!!!!!!!

Claudia Marcelino, moderadora dos Grupos Autismo Esperança, Diário de um Autista, Autismo é Tratável e mãe de Maurício, 18 anos - RJ

23 junho 2009

Desabafo Autista e Aspeger

CONVITE
Caros Amigos,

O Movimento Orgulho Autista Brasil convida a todos para participar do 5° Desabafo Autista e Asperger de 2009 que será realizado dia 27/06, sábado, às 14h, no CEE 02 de Ceilândia - Centro de Ensino Especial 02 de Ceilândia – Endereço: QNO 12 AE G Setor "O" Ceilândia Norte. Referência: Em frente ao Terminal do Setor O.

Durante a realização deste encontro, pais, familiares, amigos, especialistas, professores e outras pessoas interessadas no tema autismo e asperger trocam experiências, apresentam novas informações e, principalmente, relatam e debatem sobre suas vivências com filhos, conhecidos ou familiares autistas.

Contamos com a participação de todos.
Estou à disposição para maiores esclarecimentos.
Lembramos que nossos eventos são totalmente gratuitos.
Pedimos que todos levem algo para um breve lanche.

Felicidades!

Ana Cristina

Vice-Presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil

84342044

29 maio 2009

Brasil desenvolve metodologia para detectar autismo em crianças

Um método para diagnosticar o autismo por meio de exame de imagem está sendo desenvolvido pelo Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Atualmente, não há nenhum teste específico para o autismo. O diagnóstico é clínico, com base na observação dos sintomas.

Os pesquisadores utilizam o eletroencefalograma computadorizado para fazer uma varredura cerebral. O exame amplia e mede as correntes eletromagnéticas no cérebro em diversas frequências (de 3 a 27 hertz) e permite verificar as ligações entre os grupos de neurônios.

Segundo o neurologista infantil Adaílton Tadeu Alves de Pontes, um dos coordenadores da pesquisa, as imagens obtidas com o mapeamento são comparadas com as do cérebro de uma criança sem o problema.

"Verificamos a relação de uma área com outra e percebemos que as crianças com autismo tiveram uma resposta diminuída no hemisfério cerebral direito em relação ao esquerdo, ou seja, há uma deficiência de ativação no hemisfério direito."

Pontes explica que o hemisfério direito está associado às funções socioafetivas, emocionais, de empatia e de percepção do contexto e compreensão social, enquanto o hemisfério esquerdo é mais relacionado com o cálculo e o raciocínio.

O próximo passo, segundo ele, é ampliar a amostra de crianças analisadas, incluindo autistas com inteligência normal e outros com problemas de linguagem, por exemplo. Por fim, haverá uma comparação dessas crianças com outras que possuam patologias neuropsiquiátricas diferentes -para saber como funciona a resposta cerebral nesses casos.

Pesquisas anteriores com cérebros de autistas já encontraram desequilíbrios em neurotransmissores (substâncias químicas que ajudam as células nervosas a se comunicarem) que poderiam explicar o comportamento do autista.

Clique o título para ler mais.

Miguel Falabella: desculpas públicas por brincadeira de mau gosto

Depois de assistir ao episódio do dia 26/05 de 'Toma lá dá cá', Miguel Falabella sentiu 'um peso' e resolveu pedir 'desculpas públicas'. É que seu personagem no humorístico, Mário Jorge, chamou Bozena (Alessandra Maestrini) de 'autista' num diálogo em que depreciava a empregada.

- Falei sem pensar e na hora não notei, mas, quando vi no ar, me fez mal, nem dormi direito - diz ele. - Escapou e foi brincadeira, mas é imperdoável que tenha acontecido. Uma de minhas melhores amigas tem um filho autista, sei o quanto isso pode ter magoado muitos telespectadores, quero pedir desculpas. Foi um lapso.

O autismo é um distúrbio que afeta a capacidade de se comunicar. Miguel garante que não recebeu nenhum telefonema reclamando da piada, mesmo assim, preferiu se antecipar.

- Minha culpa, minha máxima culpa - encerra.

Comentário meu:

Acho louvável que um artista do peso do Miguel tenha tomado esta atitude, ele sempre representou personagens arrogantes, como o Caco de Sai de baixo, e agora seu novo personagem bem sarcástico, demonstrou que seus personagens nada tem haver com seu caráter.

Parabéns Miguel e seria ótimo você um dia visitar alguma instiuição e conhecer mais um pouco dessas pessoas que podem nos ensinar e muito.

Aninha, mãe do Matheus, asperger.

13 maio 2009

Notícias do Movimento Orgulho Autista DF

Inclusão ainda não é realidade para pessoas portadores de autismo

02/04/2009 - Gilberto Costa - Agência Brasil

Conscientização sobre o autismo

A Associação de Pais e Amigos de Pessoas Especiais (Apape) recebeu hoje (2), Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, o prêmio Orgulho Autista. A entidade funciona como lar de apoio e presta assistência médica e jurídica às famílias, além de desenvolver atividades de lazer para crianças com necessidades especiais. O prêmio foi entregue nos estúdios da Rádio Nacional.

A entidade foi criada há quatro anos pela moradora de Belo Horizonte (MG) Estela Maris Guillen de Souza com o auxílio de outros pais. Mãe de três filhos, Estela afirma que, por duas décadas, desde que a síndrome foi diagnosticada no filho mais velho de 22 anos, conviveu com situações de preconceito e constrangimento em função do comportamento "diferente" da criança.

"A sociedade não está preparada para a diversidade", avalia a presidente da Apape. "As pessoas não compreendem atitudes, digamos, bizarras." Para Estela, faltam campanhas educativas e maior atenção da imprensa para "conscientizar a sociedade e o poder público" de que são necessárias iniciativas mais efetivas de atendimento e inclusão.

Desmistificando a síndrome do autismo

A premiação à Apape foi promovida pelo Movimento Orgulho Autista Brasil, que também realizou um seminário, em parceria com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, para tratar de questões como autismo e segurança pública; direitos dos portadores e familiares; atendimento na rede pública; e o financiamento das políticas públicas.

De acordo com os organizadores, os eventos foram criados para desmistificar a síndrome do autismo. "Tem autista que faz faculdade", assinala Estela Maris.

"As pessoas que são tratadas e que não têm comprometimento da inteligência estão aí convivendo com a gente e a gente não sabe", destaca o psiquiatra infantil Walter Camargos Júnior.

Como é o autismo?

Segundo o médico, o autismo pode estar vinculado a outros problemas mentais que agravam a síndrome, mas isso não é regra. Ele afirma que ainda não há exame clínico, teste psicológico ou tecnologia que forneça o diagnóstico.

De acordo com o especialista, a síndrome tem início na infância (antes dos 3 anos), quando ocorrem "mudanças químicas, neurológicas no processo orgânico" e afeta mais os meninos do que as meninas.

Camargos Júnior explica que o autismo "não é uma ausência", como costuma ser taxado no senso comum, mas "comprometimentos" na capacidade da criança de se relacionar com outras pessoas.

Segundo ele, o autista olha pouco para as pessoas, não reconhece nome e tem dificuldade de interação pessoal. Atrasos na linguagem verbal e não-verbal (corporal e gestual), comportamentos restritos, repetitivos e sem sentidos também são características da síndrome.

Diagnóstico do autismo

Em parceria com o Movimento Orgulho Autista Brasil, o psiquiatra finaliza este mês um vídeo que auxiliará na identificação de autismo em bebês.

Ele afirma que o tratamento é feito com auxílio de um grupo de reabilitação (com fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicóloga e professores) e se diferencia de acordo com "a gravidade do quadro" e outros fatores como a situação familiar, o diagnóstico precoce e a simultaneidade de doenças mentais e degenerativas.

O especialista afirma que o diagnóstico precoce é importante e que os pais devem questionar o pediatra caso suspeitem que o filho tenha a síndrome. "Seja direto e objetivo pergunte se o médico entende do assunto e, se não, se sabe indicar alguém que entenda", aconselha Camargos Júnior.

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

Notícias do Movimento Orgulho Autista DF






2 de Abril de 2009 -Associação diz que faltam iniciativas para inclusão de pessoas com autismo

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil





Brasília - A Associação de Pais e Amigos de Pessoas Especiais (Apape) recebeu hoje (2), Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, o prêmio Orgulho Autista. A entidade funciona como lar de apoio e presta assistência médica e jurídica às famílias, além de desenvolver atividades de lazer para crianças com necessidades especiais. O prêmio foi entregue nos estúdios da Rádio Nacional AM (emissora da Empresa Brasil de Comunicação).

A entidade foi criada há quatro anos pela moradora de Belo Horizonte (MG) Estela Maris Guillen de Souza com o auxílio de outros pais. Mãe de três filhos, Estela afirma que, por duas décadas, desde que a síndrome foi diagnosticada no filho mais velho de 22 anos, conviveu com situações de preconceito e constrangimento em função do comportamento "diferente" da criança.

“A sociedade não está preparada para a diversidade”, avalia a presidente da Apape. “As pessoas não compreendem atitudes, digamos, bizarras." Para Estela, faltam campanhas educativas e maior atenção da imprensa para “conscientizar a sociedade e o poder público” de que são necessárias iniciativas mais efetivas de atendimento e inclusão.

A premiação à Apape foi promovida pelo Movimento Orgulho Autista Brasil, que também realizou seminário, em parceria com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, para tratar de questões como autismo e segurança pública; direitos dos portadores e familiares; atendimento na rede pública; e o financiamento das políticas públicas.

De acordo com os organizadores, os eventos foram criados para desmistificar a síndrome do autismo. “Tem autista que faz faculdade”, assinala Estela Maris.

"As pessoas que são tratadas e que não têm comprometimento da inteligência estão aí convivendo com a gente e a gente não sabe”, destaca o psiquiatra infantil Walter Camargos Júnior.

Segundo o médico, o autismo pode estar vinculado a outros problemas mentais que agravam a síndrome, mas isso não é regra. Ele afirma que ainda não há exame clínico, teste psicológico ou tecnologia que forneça o diagnóstico.

De acordo com o especialista, a síndrome tem início na infância (antes dos 3 anos), quando ocorrem “mudanças químicas, neurológicas no processo orgânico” e afeta mais os meninos do que as meninas.

Camargos Júnior explica que o autismo “não é uma ausência”, como costuma ser taxado no senso comum, mas “comprometimentos” na capacidade da criança de se relacionar com outras pessoas.

Segundo ele, o autista olha pouco para as pessoas, não reconhece nome e tem dificuldade de interação pessoal. Atrasos na linguagem verbal e não-verbal (corporal e gestual), comportamentos restritos, repetitivos e sem sentidos também são características da síndrome.

Em parceria com o Movimento Orgulho Autista Brasil, o psiquiatra finaliza este mês um vídeo que auxiliará na identificação de autismo em bebês.

Ele afirma que o tratamento é feito com auxílio de um grupo de reabilitação (com fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicóloga e professores) e se diferencia de acordo com “a gravidade do quadro” e outros fatores como a situação familiar, o diagnóstico precoce e a simultaneidade de doenças mentais e degenerativas.

O especialista afirma que o diagnóstico precoce é importante e que os pais devem questionar o pediatra caso suspeitem que o filho tenha a síndrome. "Seja direto e objetivo pergunte se o médico entende do assunto e, se não, se sabe indicar alguém que entenda”, aconselha Camargos Júnior.

11 maio 2009

Mãe...Obrigada por existir

A todas as mães de hoje, as que se foram e aquelas que são desprezadas pelos filhos e maridos, desejo que este dia seja de reflexão interior, que possamos todos os dias lembrar desta que muito sofreu por nós...

Em especial à minha mãe Norma.

Se não fosse você a me gerar, me incentivar,
brigar por que errei, dizer sim, e também dizer não...
Quem seria eu?!
Muitas vezes te reprovei, achava que as coisas que dizia era exagero
Mas você me perdoou, porque eu era adolescente, meu mundo era diferente do seu

Mas hoje sendo mãe, faço a mesma coisa que você (risos)
Meus filhos me acham chata, que falo demais, mas sabe
aprendi com você, sou igualzinha à minha mãe, é o que dizem...
não me importo com isso, porque tenho orgulho de ser igual a você

Alguém de caráter, sincera, acredita nas pessoas,
sempre pronta a ajudar alguém, suas palavras
estão ali, me dizendo o que fazer, mesmo eu sendo já adulta
Seus conselhos não esgotam, e eu hoje compreendo

Mesmo longe sei que oras por mim
Sei que me amas, e que nunca irás
deixar de me ajudar, com suas palavras e
seu colo...

Mãe neste dia, e em todos quero lhe homenagear
pois seu dia não é só esse, e sim todos os 365 dias do ano
és minha mãe, mulher guerreira, amada, meu anjo para sempre!

Te amo mãe, você está aqui comigo sempre

Confira a história de mães muito especiais

Patrícia Heiderich fundou a Ong Instituto Meta Social
Rótulo dado a pessoas com deficiência se aplica melhor às mulheres que os geraram e os ajudam a florescer

Sonhos e fantasias crescem junto com a barriga das grávidas, nos nove meses de simbiose. Mas o parto impõe o rompimento do vínculo uterino e traz à luz o filho real, que pode ser diferente do idealizado, fora do padrão dito “normal”. Mães de crianças com deficiência não negam: a notícia é um choque. Logo percebem a inexorável impossibilidade da perfeição que cedo ou tarde se revela a todos, o que lhes exige mais do que uma mudança de rota e de vida. É a prova de fogo do amor incondicional. Especiais são elas, que dispensam pena, lutam contra o preconceito e não poupam esforços para que suas crias expandam os próprios limites.

Patrícia Piancastelli Heiderich, de 46 anos, é mãe de Tathiana, hoje com 24. Ela descobriu que a menina tinha Síndrome de Down apenas na maternidade, numa época em que os exames pré-natais eram menos precisos. A tristeza a dominou. “Eu era jovem e não tinha nenhum fator de risco. Recebi a notícia do médico de forma inadequada, estava sozinha, tentando amamentá-la. A imagem do deficiente incapaz estava impregnada em mim”, afirma.

Foi um momento de luto que, em suas próprias palavras, virou luta. Patrícia decidiu batalhar para que Tathiana crescesse da melhor forma possível numa sociedade tacanha e restritiva. De negativa em negativa a cada vez que tentava matricular a filha na natação, no balé, na atividade que fosse, fartou-se da ignorância e decidiu, com uma amiga, fundar o Instituto Meta Social, Organização Não-Governamental (ONG) que há 15 anos trabalha a conscientização por meio da mídia e criou a mais popular campanha sobre o tema já realizada no Brasil: “Ser diferente é normal.”
[...]

Longa espera

Uma notícia que não vinha. Assim foi o diagnóstico de Matheus, de 12 anos, que tem Síndrome de Asperger, transtorno do espectro autista que provoca problemas de comunicação, interação social e aprendizado. Aos 3 anos, o menino ainda não falava. Foi quando a mãe, Rosana Leh Dias, de 42, iniciou a peregrinação por especialistas das mais diversas áreas.

“Ouvi de tudo, até que ele tinha esquizofrenia. Passamos por neurologistas, psicólogos, fizemos todos os tipos de exames. E íamos tratando sintomas, fazendo fono, terapia... Tudo sem saber direito o que ele tinha. Só aos 9 anos um psiquiatra infantil fez o diagnóstico correto”, conta Rosana, ex-secretária executiva que abandonou a carreira pelo filho.

Para ela, o pior foi essa indefinição. “O mais angustiante para uma mãe é não saber o que o filho tem para poder tratá-lo da melhor forma”, avalia. Mas a depressão nunca frequentou sua casa. “Como é que ele se sentiria, sabendo ser o causador dessa dor?”, raciocina. Além do que, ela diz não ter motivos para lamentações. Matheus é afetuoso, inteligente e cursa o 6º ano do Ensino Fundamental numa escola regular, apenas um período atrasado com relação à idade.
“No pré-escolar, houve o consenso de que seria melhor para ele ser alfabetizado no ano seguinte. Hoje, só recebo elogios pelo seu rendimento”, diz a mãe, que virou uma especialista em Asperger e até disponibiliza material para consultas em seu blog (http://ce.dias.blog.uol.com.br).

Reportagem: Cosmo Online

02 maio 2009

Ilusões do amanhã

Poesia de um aluno da APAE
Esse poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado, pela sociedade, de excepcional.
Excepcional é a sua sensibilidade, confiram !!!
Ele tem 28 anos, com idade mental de 15.

Ilusões do Amanhã

'Por que eu vivo procurando um motivo de viver, Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver, se não for para mim que seja pra você.

Mas às vezes você parece me ignorar, sem nem ao menos me olhar, Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr.
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.

Se a vida dá presente pra cada um,o meu, cadê ?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.

Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.

Talvez eu seja um tolo, Que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer, Eu fiz brotar a flor.
Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador... Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.

PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE)

Nota: Peço que divulguem para prestigiá-lo.
Se uma pessoa que encontra as barreiras que ele encontra acredita tanto no amor,
por que a maioria das que se dizem 'normais' procuram, ao contrário, negar sua existência?

Como falar de sexo com filhos com deficiência ou autismo?

A limitação da pessoa com deficiência ou autismo não impede desejos. Educação sexual, amor, compreensão.

Anote as dicas da psicóloga Sandra Vieira

Discutir e encarar a sexualidade das pessoas com deficiência é discutir o preconceito e a falta de informação sobre as limitações de alguém. Fácil não é, afirmam os especialistas. Aliás, não poderia ser mesmo: se há dois assuntos que rendem muito, esses são sexualidade e deficiência. Juntos, já era de se esperar que provocariam muitas dúvidas e polêmicas. Antes de qualquer tipo de discussão, vale a regra: as pessoas com deficiência se diferem das que não possuem deficiência pelas limitações físicas, psíquicas, motoras. Somente. Não perdem a "humanidade" de qualquer jovem ou adulto.

Pessoas que andam de cadeira de rodas, que têm síndrome de down ou qualquer outra limitação, sentem desejos, vontades e constroem reações de afeto como qualquer outra. E apesar de claro, não é bem isso que a grande maioria da população pensa ou até mesmo os pais aceitam. "Pode ser que seja mais difícil sim. E não deixo de entender os pais que têm medo do que pode vir a acontecer. Mas não podemos privar ninguém do direito à sua sexualidade. Sempre há formas de se evitar desconfortos", comenta a psicóloga Sandra Vieira.
Para a psicóloga, o medo dos pais e o grande pudor que a sociedade ainda impõe sobre o assunto sexo faz com que eles, na grande maioria das vezes, tendam a encarar seus filhos como eternas crianças, imaginando que os estão protegendo da sua própria libido. "Isso é mais comum do que se possa imaginar.

Pais não querem deixar a criança crescer e nem encarar de frente algo que faz parte da sua humanidade. Há que se ter maturidade para lidar com a sexualidade, entender as diferenças disso nas pessoas com deficiência para programar uma educação sexual", completa.

Para a psicóloga, é possível entender que a família tenha uma certa desconfiança e que cuide muito para que o filho ou filha não sofra nenhum tipo de abuso, já que essa situação, infelizmente, também apresenta números significativos. Pessoas de promiscuidade muito forte ou mesmo pedófilos, tendem, segundo informações da especialista, a aproveitar da ingenuidade de pessoas com determinadas limitações, principalmente mentais, para fazer seu aliciamento. E nessa triste estatística, as mulheres lideram o ranking.

Sandra conta que conhece histórias de pais que já deram até remédios para acabar com a libido dos filhos, afirmando que eles, sem entendimento, se masturbavam em qualquer lugar. "Mas não é assim que se resolve, né? Sexo também é saúde, é vida, a gente precisa do orgasmo", enfatiza a psicóloga.

Educação Sexual
Conversar, orientar e construir na familiaridade uma relação de confiança é o principal segredo para ajudar quem possui alguma limitação a lidar com a sexualidade. Segundo Sandra, os pais têm total condição de estabelecer esse vínculo e, caso acreditem que a situação é um pouco mais complexa, devem procurar um profissional especializado.

"Inteligência não tem nada a ver com deficiência", frisa a psicóloga. A construção de uma "maturidade sexual" é, portanto, plenamente possível. "O problema é que os pais tendem a fingir que nada aconteceu. Que dá pra adiar. Quando chegam ao meu consultório, a situação já está naquele ponto - 'eu não sei mais o que fazer, doutora'".

É preciso que os pais levem as filhas ao ginecologista, segundo Sandra, já que essa é uma visita médica que não está só relacionada à prática do sexo. A orientação sexual começa também no exemplo que os pais dão com a preocupação com a saúde dos filhos e deles mesmos. Também vale a regra dos ensinamentos sobre o uso da camisinha e de anticoncepcionais.

"É importante desenvolver a idéia de limites", frisa Sandra. Para deficientes mentais, autistas, ou outros casos de deficiência, não há maldade nas conotações sexuais. "Se ele entende que quando tem vontade de tomar água, vai lá e toma, ele entende também, que se sentiu desejo, pode ir lá e se masturbar", completa a psicóloga.
Uma dica de Sandra é que os pais, em alguma situação constrangedora como a da masturbação, por exemplo, não brigue, nem xingue, nem, faça nada que possa deixar a pessoa traumatizada, ou sem entender a situação. Para ela, é preciso retirar o filho ou filha daquele lugar público, e o levar para um lugar privado.
"Só assim ele começa a entender onde é o lugar certo, e onde é o lugar errado. Que vai acontecer a masturbação, vai, porque acontece com pessoas com e sem deficiência. Resta só ensinar onde é adequado e onde não é", comenta Sandra.

Fonte: Acessa.com Fernanda Leonel

Sim, aparência importa!

Há mais de uma semana, pessoas em ambos os lados do Atlântico têm usado a história de Susan Boyle - a solteirona escocesa desleixada que chegou à fama cantando no programa de TV "Britain's Got Talent" - como um exemplo de quão superficiais nos tornamos.

Susan Boyle, comentando a rapidez com que a sociedade julga as aparências Antes de cantar, Boyle parecia uma mera voluntária de igreja desempregada e desmazelada de 47 anos que morava sozinha com seu gato, Pebbles, e que, segundo ela, nunca teria sido beijada (uma alegação que ela posteriormente retirou).Agora, após o vídeo de sua apresentação ter se tornado viral, uma enxurrada de comentários se concentra em como estereotipamos as pessoas em categorias, como caímos vítima de preconceitos de idade e aparência, e como temos que aprender, de uma vez por todas, a não julgar os livros pela capa.

Mas muitos cientistas sociais e outros que estudam a ciência dos estereótipos dizem que há motivos para avaliarmos rapidamente as pessoas com base em sua aparência. Julgamentos rápidos a respeito das pessoas são cruciais para o modo como funcionamos, eles dizem - mesmo quando esses julgamentos são muito errados.Eles até mesmo concordam com a própria Boyle, que disse após sua apresentação que apesar da sociedade ser rápida demais em julgar as pessoas pela aparência, "não há muito o que você possa fazer a respeito; é o modo como pensam; é o modo como são".Em um nível muito básico, julgar as pessoas pela aparência significa colocá-las rapidamente em categorias impessoais, assim como decidir se um animal é um cachorro ou um gato. "Estereótipos são vistos como um mecanismo necessário para entendimento da informação", disse David Amodio, um professor assistente de psicologia da Universidade de Nova York.

"Se olharmos para uma cadeira, nós podemos categorizá-la rapidamente, apesar de existirem muitos tipos diferentes de cadeiras."Eras atrás, esta capacidade era de uma importância de vida ou morte, e os seres humanos desenvolveram a capacidade de avaliar outras pessoas em segundos.Susan Fiske, uma professora de psicologia e neurociência de Princeton, disse que tradicionalmente, a maioria dos estereótipos se divide em duas dimensões amplas: se a pessoa parece ter intenção maligna ou benigna e se a pessoa parece perigosa. "Em tempos ancestrais, era importante permanecer distante de pessoas que pareciam furiosas e dominadoras", ela disse.As mulheres também são subdivididas em mulheres "tradicionalmente atraentes", que "não parecem dominadoras, têm traços de bebê", disse Fiske.

"Elas não são ameaçadoras."De fato, a atração é uma coisa que reforça o estereótipo e faz com que se cumpra. Pessoas atraentes têm "crédito de serem socialmente hábeis", disse Fiske, e talvez sejam, porque "se uma pessoa é bonita ou simpática, as outras pessoas riem das piadas dela e interagem com ela de uma forma que facilita a interação social"."Se uma pessoa não é atraente, é mais difícil conseguir todas estas coisas porque as outras pessoas não a procuram", ela disse.A idade também tem um papel na criação de estereótipos, com as pessoas mais velhas tradicionalmente vistas como "inofensivas e inúteis", disse Fiske.

Na verdade, ela disse, as pesquisas mostraram que os estereótipos raciais e étnicos são mais fáceis de mudar ao longo do tempo do que os estereótipos de gênero e idade, que são "particularmente aderentes".Um motivo para nosso cérebro persistir em usar estereótipos, dizem os especialistas, é por frequentemente nos dar informação precisa de modo geral, mesmo que nem todos os detalhes de encaixem. A aparência de Boyle, por exemplo, telegrafou precisamente grande parte de sua biografia, incluindo seu nível socioeconômico e falta de experiência mundana.

"Britain's Got Talent"
Seu comportamento no palco reforçou uma imagem de pessoa de fora. David Berreby, autor de "Us and Them", sobre o motivo das pessoas categorizarem umas às outras, disse que os telespectadores também podem tê-la julgado severamente porque, nas provocações com os juízes antes de cantar, ela parecia estar, desajeitadamente, tentando se encaixar."Ela tentou ser divertida, e quando lhe perguntaram a sua idade, ela fez aquela dancinha", como se ela presumisse que nesses programas "você supostamente precisa ser meio sensual e elegante, mas se deu mal", disse Berreby. "Nada provoca mais nosso desprezo do que alguém tentar ser aceitável e então fracassar."

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30 abril 2009

Defeito genético enfraquece músculos de crianças com autismo

Alteração dificulta ainda mais a socialização de jovens com o problema. Médico acredita que a causa está no centro de energia da célula.
Marília Juste Do G1, em Chicago

Um defeito nos genes pode fazer com que crianças com autismo tenham músculos mais fracos, que impedem que elas façam atividades físicas. O problema foi identificado por um neurologista e geneticista americano e apresentado na Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia (AAN), em Chicago, nos EUA. A equipe de John Shoffner, dono do instituto de pesquisas Medical Neurogenetics, de Atlanta, analisou 41 crianças autistas, com idades entre dois e 16 anos.

Nenhuma delas tinha qualquer doença muscular conhecida, mas todas apresentavam fraqueza nos músculos que sustentam o esqueleto. Shoffner acredita que isso ocorra por causa de um problema associado aos genes ligados ao autismo, que gera alterações na mitocôndria, o centro de produção de energia da célula. De acordo com o pesquisador, estudos anteriores mostraram que pelo menos 20% dos autistas apresentam doenças mitocondriais. No grupo que ele estudou, 65% das crianças (24 do total) tinham o problema, que levou à fraqueza muscular severa.

Impedimento físico Schoffner lembrou que embora a grande maioria dos autistas não tenha qualquer alteração mitocondrial, os poucos que têm o problema sofrem com sérias conseqüências. “É algo preocupante, porque a socialização de uma criança com autismo já é difícil o suficiente sem o impedimento físico”, afirmou. Para o pesquisador, entender melhor a relação entre os problemas na mitocôndria e o autismo é essencial por dois motivos.

Em primeiro lugar, para compreender melhor os mecanismos da doença. Em segundo, para verificar como os genes podem afetar a função mitocondrial. O americano pretende agora ampliar sua pesquisa para verificar a freqüência desses problemas musculares em um número maior de pacientes autistas. Segundo ele, é preciso também desenvolver maneiras de identificar os genes responsáveis pelas alterações mitocondriais e meios de melhorar o diagnóstico.

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Amor de Carrey é antídoto ideal

Jenny McCarthy relata em livro experiência com filho autista. O amor e bom humor de Jim Carrey têm sido o melhor antídoto para o diagnóstico de Evan, de 6 anos.

Nos quatro anos que já dura a relação amorosa com o colega de profissão Jim Carrey, a actriz Jenny McCarthy confessa sentir como se estivesse «na primeira fila da melhor peça teatral que se possa imaginar, todos os dias».
Esse tem sido, provavelmente, o melhor antídoto para as horas difíceis inerentes ao diagnóstico de autismo do seu filho Evan, de 6 anos.
Uma experiência que lhe permitiu assinar, em parceria com o dr. Jerry Kartzinel, a obra Healing and Preventing Austism: A Complete Guide - qualquer coisa como Curar e Prevenir o Autismo: Um Guia Completo. O título, acabado de editar nos EUA, une-se assim aos best-sellers Louder Than Words: A Mother's Journey in Healing Autism e Mother Warriors.

Em todos eles a actriz avança explicações sobre os denominados «tratamentos biomédicos», terapias possíveis de aplicar às crianças pelos próprios pais, tendo por vantagem o aconchego do lar. Pequenas mudanças no ambiente e no regime alimentar da criança poderão ser sinónimo de melhorias óbvias na relação com os outros e o mundo.

A dieta é, aliás, uma das preocupações de Jenny, de 36 anos, que, nos últimos 3, optou por um regime isento de glúten, mas rico em peixe, claras de ovo, fruta fresca e vegetais. Se somarmos a isso o ioga, o amor e o bom humor de Carrey está dada a receita para a sua força de viver.