Estréia em 19 de junho CACHORRO MORTO, o espetáculo que fala de perspectivas e velhas certezas sendo destruídas à medida que mergulhamos nos sonhos de um jovem portador da Síndrome de Asperger, uma forma de autismo, neste conto de simplicidade, otimismo e triunfo.
A temporada vai de 19 de junho a 31 de julho, quintas-feiras, às 20 horas, no Espaço Décimo Terceiro Andar da Unidade Provisória do Sesc Avenida PaulistaO roteiro foi inspirado em três livros: o inglês e premiado The Curious Incident of the Dog in the Night-time, de Mark Haddon; A Música dos Números Primos, de Marcus du Sautoy; e Nascido num Dia Azul, do autor Daniel Tammet. A peça une teatro e animação digital para contar a história de um rapaz que, ao fazer perguntas às variadas formas de ciência, acaba encontrando uma maneira nova e toda especial de olhar o mundo, levando o espectador a rever seus conceitos e se abrir para o diferente.
Primeiro Sinal
Esta montagem integra o Primeiro Sinal, espaço aberto para grupos emergentes, jovens artistas, novas linguagens e maneiras de pensar a poética teatral, variadas formas de concepção cênica, diversidade estética e experimentação. O projeto apresenta trabalhos de pesquisa e possibilidades múltiplas de criação baseadas na arte do ator e suas relações com a dramaturgia em diferentes linhas de encenação e comunicação com o públicoCachorro Morto tem texto e direção de Leonardo Moreira junto a esse grupo estável de jovens artistas de variadas formações que pesquisa as diferentes formas de linguagem.
O espetáculo conta com a iluminação de Marisa Bentivegna, figurinos do estilista William Moreira, mais animações e trilha sonora de Gustavo Borrmann.CaminhosO ponto de partida de Cachorro Morto é a relação entre a matemática e outras formas de dividir e aprender. Ao multiplicar o protagonista pelos corpos dos cinco atores, a cena cria uma narrativa que envolve a platéia ao convidá-la a conhecer o universo do portador de autismo. Mais do que entender o transtorno psiquiátrico, o espetáculo quer aproximar os espectadores de um mundo visto por um outro olhar, um outro raciocínio lógico e outras relações afetivas. Para garantir veracidade, a equipe buscou observar e dialogar com jovens e crianças atendidos pela AMA (Associação de Amigos do Autista).
”Por meio do diálogo artístico, pretendemos modificar a perspectiva do público, transferindo o olhar de si para o outro e reconhecendo-o como um ser único, diferente. Nossa proposta é estimular a abertura para que outras formas de linguagem e de expressão além das usuais sejam reconhecidas e respeitadas”, diz o diretor Leonardo Moreira. Sinopse Bruno sabe de cor todos os países do mundo e suas capitais e também todos números primos de quatro algarismos. Luciana gosta do estado de Massachussets e não entende nada de relações humanas. Thiago e Maria Amélia adoram relógios, cálculos e verdades absolutas. Aline odeia amarelo e não suporta ser tocada. Criado entre professores e pais que definitivamente não sabem lidar com suas necessidades especiais, o protagonista da peça nunca vai muito além de seu próprio mundo, não consegue mentir nem entende metáforas ou piadas.
O próprio personagem define seu cérebro como um computador com grande memória fotográfica, capaz de resolver complicadas equações matemáticas, mas com nenhuma habilidade para lidar com emoções ou pessoas.Em determinada cena, os cinco atores que vivem o mesmo personagem encontram o cachorro da vizinha morto no jardim. Então, eles decidem descobrir quem matou o animal, montando “uma peça de mistério e assassinato”. A contradição entre seus problemas de comunicação e a metalinguagem proposta (a da peça dentro da peça) criam um jogo cênico lúdico, em que o mergulho na matemática é um caminho para que se descubra mais do que se esperava.Sobre o grupo Leonardo Moreira é o diretor e dramaturgo de “Cachorro Morto”. Formado em Artes Cênicas pela USP, esta é sua primeira direção profissional, e ela só foi possível dado o estímulo do Prêmio Primeiras Obras, da cidade de São Paulo. Foi premiado pelo
Projeto Seleção Brasil em Cena
Novos Dramaturgos, realizado pelo Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, e selecionado um dos Novos Talentos da Dramaturgia Brasileira por seu texto Bagagem. Anônimos levou o Prêmio Miriam Muniz de Teatro em 2007 sendo encenado naquele ano. E Edifício Vaz foi montado pelo Núcleo de Montagem do SESI A.E. Carvalho, com direção de Juliana Mattos.Aline Filócomo, pesquisadora do CPT - SESC, sob coordenação de Antunes Filho e uma das atrizes criadoras do Prèt-a-porter 8, é formada em Artes Cênicas pela USP e foi premiada como melhor atriz no Festival de Blumenau (2006) pelo espetáculo 5psa-o Filho.
Luciana Paez, atriz formada pela EAD – USP, trabalhou com Cristiane Paoli-Quito em Caminhos, com Georgette Fadell em Gota D’Água e em Preqária, de Qorpo Santo, e com Heron Cordeiro, em Calabar. Pela atuação em Sobreviventes recebeu o Prêmio Nascente-USP.Bruno Freire estuda Comunicação e Artes do Corpo na PUC/SP. Apresentou, em 2007, a performance Os Pingos de Minutos do Tempo no SESC Pompéia, o infantil Casa de Tijolos, e o espetáculo 5psa-o filho. Participou da Mostra Novíssimos Diretores, organizada pelo TUSP em 2005.Thiago Amaral formou-se pela USP e participou do Núcleo Experimental do SESI.
Coordenou o primeiro núcleo teatral da Universidade Nacional do Timor-Leste, em Dili. Atuou em Evergreen, Caminhos e A Ralé, e foi premiado Melhor Ator e Ator Revelação pelo Mapa Cultural Paulista/2001. Maria Amélia Farah é graduada em Artes Cênicas pela USP. Atuou e realizou as coreografias de TITU.S. persona non grata, Quarteto em Diagonal, e por seu trabalho em Cacos de Vidro no Jardim Molhado, ganhou como Melhor Atriz no FESTIVALE em 2004.
Serviço:
CACHORRO MORTO – Projeto Primeiro Sinal.
De 19 de junho a 31 de julho. Quinta, às 20 horas.
No Espaço Décimo Terceiro Andar da Unidade Provisória do Sesc Avenida Paulista.
Direção e texto: Leonardo Moreira. Elenco: Aline Filócomo, Luciana Paez, Bruno Freire, Thiago Amaral e Maria Amélia Farah.
Iluminação: Marisa Bentivegna. Figurinos: William Moreira. Animações e trilha sonora: Gustavo Borrmann.
Capacidade – 50 pessoas.
Ingressos: R$ 8,00 (inteira);
R$ 4,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 2,00 (trabalhador no comércio de bens e serviços matriculado no SESC e dependentes).
Duração: 60 minutos.
Censura: recomendado para maiores de 12 anos.
UNIDADE PROVISÓRIA SESC AVENIDA PAULISTA – Avenida Paulista, 119 –
Estação Brigadeiro
Fone: (11) 3179-3700. Acesso para deficientes físicos.
Bilheteria – De terça a sexta-feira das 9 às 22 horas e sábados, domingos e feriados das 10 às 19 horas.
www.sescsp.org.br
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