Diego tem autismo e trabalha em uma loja de material esportivo
Como seria se um dia você chegasse para trabalhar e descobrisse que  ganhou um colega com autismo? Aos poucos, o mercado de trabalho está  reconhecendo que, mesmo com o transtorno, alguns podem realizar um bom  trabalho.
Quando a  assistente social do grupo SBS Adriana Amaral informa a algum gerente  que ele vai receber um funcionário com deficiência que não seja física,  ela costuma ouvir a pergunta: “Qual é a possibilidade de ele surtar no  meio da loja?” A resposta não muda: “A mesma possibilidade da assistente  social surtar no meio da loja”. O grupo para o qual Adriana trabalha é  formado por 150 lojas, onde hoje estão empregadas 123 pessoas com os  mais variados tipos de deficiência. Uma das lojas é a Centauro do  Shopping Estação, onde conhecemos Diego Mendonza de Melo, 24 anos. 
Todos  os dias, ele segue de Piraquara de ônibus até Curitiba para  trabalhar, o que faz com um constante sorriso nos lábios. Enquanto  atravessa o shopping, cumprimenta os funcionários que encontra e é  chamado pelo nome. Figura simpática, ele conta que gosta de trabalhar e,  contrariando os sintomas do autismo, também adora conversar. Quem  encontra Diego pode perceber que ele tem um comportamento infantilizado  para seu tamanho e idade, mas dificilmente alguém acerta o seu  diagnóstico.

André Arroyo Ruiz, 30 anos, recentemente diagnosticado com autismoDentro do espectro autista, que se divide em graus mais ou menos  severos, Diego estaria entre aqueles com menor comprometimento  cognitivo. No entanto, a maior parte das pessoas com graus não tão  severos de autismo nem ao menos conhecem o transtorno porque não foi  diagnosticado. “É mais fácil fazer o diagnóstico em casos mais graves,  naqueles em que a deficiência mental e o comportamento bizarro estão  presentes. No caso dos aspergers (os chamados de alto funcionamento, com  inteligência normal ou acima da média) é bem difícil”, diz o psiquiatra  Estevão Vadasz, coordenador do Projeto Transtorno do Espectro  Autista do Hospital de Clínicas, em São Paulo.
 
Para serem contratados pela Lei de Cotas, como é conhecida a lei que  estabelece um número mínimo de pessoas com deficiências em grandes  empresas, além de ter autismo, a pessoa precisa ter algum grau de  deficiência intelectual, ou mental, assim como acontece com a Síndrome  de Down. 
 
 
2 comentários:
Atribui-lhe um prémio em http://gritodemudanca.blogspot.com/
Abraço
Reparei que o meu amigo Nelson e eu partilhamos opiniões.
Também eu, no meu blog, lhe atribuí o Prémio "Dardos", convido-vos a visitar o post de hoje!
Bom dia e boa semana!
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