Primeira ação da AMA-AP é um curso para capacitar pais e profissionais a detectar, entender e lidar com autistas.
A necessidade de tratamento específico, além da dificuldade que as famílias encontram para receber atendimento no Estado, levou um grupo de voluntários a fundar a Associação dos Pais e Amigos de Autistas do Amapá (AMA-AP). A constituição da primeira diretoria e o registro em Cartório aconteceu no mês de abril deste ano, mas é reflexo de encontros que vinham sendo realizados por pais e profissionais, desde setembro de 2007. Nos últimos seis anos houve algumas tentativas de criação de uma entidade que encampasse a luta em favor dos autistas no Amapá, mas todas haviam fracassado.
O autismo é um distúrbio comportamental caracterizado por alterações e dificuldades na comunicação, interação social e imaginação das pessoas. Apesar de ser estudado já há algum tempo pela ciência, suas causas ainda não são conhecidas e suas manifestações podem surpreender pela variedade. Também conhecido como Transtorno Invasivo de Desenvolvimento (TID), o autismo é uma síndrome de difícil diagnóstico, pois, não há sintomas físicos - ele só se evidencia através do comportamento dos indivíduos.
Ainda em fase de estruturação, sem muitos recursos e nem mesmo sede própria, a AMA-AP que também tem como objetivo possibilitar a integração da pessoa autista à sociedade e assessorar as famílias - principalmente as de baixa renda- no enfrentamento do autismo, iniciou suas atividades contando com a força e a dedicação de seus voluntários. Desse esforço surgiu o primeiro curso de capacitação sobre autismo no Amapá, evento que a Associação realiza junto juntamente com vários parceiros, dentre eles a Secretaria de Estado da Comunicação, a partir da segunda-feira 7 de julho no auditório da Escola Estadual Polivalente Tiradentes.
O curso com 40 horas, entre aulas teóricas e exercícios práticos, se estende até 11 de julho, tendo como ministrante a psicomotricista e assistente social, Eliana Boralli, que também tem formação em padagogia Waldorf e é autora do livro "Autismo: trabalhando com a criança e a família".
Dentro do curso haverá um módulo específico para os pais de crianças autistas, onde através da vivência grupal será feita a transferência de dinâmicas específicas, possibilitando em primeiro lugar uma tomada de consciência sobre a problemática do autista até a administração do processo emocional em cada família.
De acordo com o presidente da AMA-AP, Frank Benjamim Costa, o Amapá ainda é carente tanto em atendimento quanto em diagnóstico e em terapias para os casos de Autismo. Tratamentos mais adequados ofertados em centros especializados são de difícil acesso para a maioria das famílias porque exigem recursos consideráveis. "As dificuldades se concentram principalmente nas áreas de Saúde e Educação. Muitas vezes a suspeita de autismo é alertada pelos próprios pais, já que os sintomas passam despercebidos pelos pediatras", comenta.
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