Olá amigos,
Os comentários no site da ÉPOCA da matéria Autistas em Cativeiro superaram em número (17 páginas) os da matéria de capa sobre COLESTEROL (8 páginas).Em todo o mundo os pais de autistas com alto grau de comprometimento gritam : A desculpa da necessidade de manter vínculos familiares para os autistas não terem acesso a tratamento em tempo integral, perpetuando pessoas confinadas em suas residências, é surreal e cruel.
Só ajudam os governos a não gastar conosco o dinheiro devido. Primeiro porque não se rompem vínculos assim tão facilmente.Depois mães não vão poder trabalhar,e vão todos ficar juntinhos passando fome e tomando remédios juntos para minimizar os sintomas da depressão e da hiperatividade. Os custos de tratamento de autismo para estes casos são altíssimos,absurdos (5 mil reais em média). Irmãos precisam trabalhar e estudar.Empregados quando os temos não substituem mão-de-obra especializada e nem ficam em lares que consideram problemáticos.
Famílias pobres sequer dinheiro têm pra comer e meios pra se deslocar com filhos hiperativos por mais medicados que estejam, defecando e urinando atoa,autoagredindo-se e agredindo a terceiros.Levar filhos em grau severo de autismo em ônibus para escolas comuns é uma dupla piada muito mórbida - do ônibus e da escola.A matéria da revista ÉPOCA é fantástica no sentido de desmistificar a tentativa de padronização dos casos de autismo.O grande cientista Dr.Marcos Mercadante,a quem devoto grande admiração pela humildade e amplo conhecimento de causa diz:cada caso de autismo é um caso e as suas consequências desestruturantes ocorrem em intensidades diferentes.
Só quem as vivenciam sabem.O tratamento em tempo parcial ou integral para graus diversos de autismo severo é indispensável. Se o Governo não tem competência, e eu acho que não tem,que entregue à sociedade civil esta tarefa das famílias administrarem as residências terapêuticas,com os convênios necessários à sua sobrevivência. Faça parcerias com a iniciativa privada.Nada mais justo. Os vínculos de amor jamais serão rompidos. O importante é a recuperação do indivíduo sob proteção 24 horas, substituindo as amarras, o trancafiamento,as correntes,as jaulas, e a estabilidade emocional e econômica de suas famílias.
Angélica MenezesMãe de Ygor (22)
ASSOCIAÇÃO BAIANA DE AUTISMO
http://associacaobaianadeautismo.blogspot.com
Na Bahia são cinco casos de cativeiro que conhecemos e milhares de pessoas autistas confinadas.Os pais das pessoas em cativeiro ficaram com medo, pediram pra retirar e a repórter Tania Noguiera só pôde publicar aqueles casos que estão na matéria.
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