Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
Por decisão da Organização das Nações Unidas, a data de hoje, 2 de abril, foi escolhida para que se comemorasse o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo.
Em Brasília, as comemorações serão realizadas numa "Blitz do Autismo" que, como o próprio nome sugere, será realizada num dos mais movimentados postos da Polícia Rodoviária no Distrito Federal. Ali se distribuirão folhetos e serão prestadas informações as mais pertinentes e atualizadas sobre a questão dos autistas e, sobretudo, sobre as formas mais eficientes de lhes fazer ter aquela convivência social o que, aliás, é um direito constitucional de qualquer cidadão.
É uma iniciativa das mais louváveis. Os autistas, como, também, outras crianças com deficiências e, por isso mesmo, carentes de atendimento especial – mas não isolacionista – necessitam, antes de tudo, de compreensão.
O autismo é uma deficiência do desenvolvimento infantil que se manifesta nos três primeiros anos de vida, decorrente de um transtorno neurológico que afeta as funções cerebrais e se manifesta em clara deficiência de interação social, em problemas na comunicação verbal e em padrões de comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos. E hoje, ao que nos dizem as estatísticas, é deficiência que afeta uma em cada quinhentas crianças vindas ao mundo.
O desconhecimento, mais que o desinteresse, tem impedido uma ação não apenas governamental, mas, ainda, das organizações não inseridas no governo, no sentido de gerar políticas e ações sociais capazes de garantir aquela interação social de que carecem os autistas.
Assim, a Blitz do Autismo, e especialmente nesse sentido, é uma ação a ser mais que louvada, incentivada, pois que é desse trabalho voluntário que surgem idéias e soluções capazes de fazer menos grave a questão do autismo, permitindo, com sua compreensão, uma ação mais objetiva e eficiente de todas as forças da sociedade no sentido de buscar comportamentos que, no Governo e na cidadania, se façam de utilidade prática para essas nossas crianças.
É o que me cabe dizer.
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